os Estados Unidos, potência iluminada do Ocidente, declarou guerra a um alegado "Estado" que não existe nem tem fronteiras. Só nos vão dizendo pejorativamente que é "Islâmico". E o sr. presidente interino da Nato para o protectorado português apressa-se a dizer veladamente que a maioria dos portugueses caídos na pobreza não suportariam o envio de tropas para mais este dislate imperialista, mas lá vai avisando que Portugal está de alma e coração (mas sem bolsos, que estão esfarrapados) com a coligação (1)
Entretanto na vida real, dentro das nossas fronteiras, mão amiga faz-nos chegar a tradução do comentário de Audrey Bailey intitulado "Está confuso com o que está a acontecer no Médio Oriente?"
"Deixe-me explicar. Apoiamos o governo iraquiano em luta contra o Estado Islâmico (IS / ISIL / ISIS). Não gostamos do IS, mas o IS é apoiado pela Arábia Saudita de quem gostamos. Não gostamos do Presidente Assad da Síria. Apoiamos a luta contra ele, mas não o IS, que também está a lutar contra ele. Não gostamos do Irão, mas o governo iraniano apoia o governo iraquiano contra o IS. Então, alguns dos nossos amigos apoiam os nossos inimigos, alguns dos nossos inimigos são nossos amigos, e alguns dos nossos inimigos lutam contra outros dos nossos inimigos que não queremos que percam, mas não queremos que os nossos inimigos, que lutam contra os nossos inimigos, ganhem. Se as pessoas que queremos derrotar forem derrotadas, podem ser substituídas por outras pessoas de que gostamos ainda menos. E, tudo isto foi iniciado por invadirmos um país (o Iraque) para expulsar os terroristas que não estavam realmente lá, até lá entrarmos para expulsá-los - você agora já entende?"
(1) a 23 de Setembro de 2014 o lider do Hezbollah, Sayyed Hasan Nasrallah, afirmava: "nós somos contra a intervenção militar norte-americana e a coligação internacional na Síria, na medida em que essa acção seja contra o regime sírio ou o Daesh (ISIS). Sob o falso pretexto de combater o terrorismo, os Estados Unidos o que visam é obter o controlo de toda a região"
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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4 comentários:
Quem manda na América tem vindo a pôr o Medio Oriente e o Norte de África a ferro e fogo, sobretudo por dois motivos:
1 - Impedir a extração de petróleo para manter os preços altos. Não esquecer que as quatro irmãs: A Exxon-Mobil, a Chevron, a Shell e a BP têm hoje o monopólio do negócio do petróleo.
2 - Continuar a alimentar o complexo militar-industrial privado americano que precisa de guerra permanente para poder vender os seus produtos (porta-aviões, caças, bombardeiros, tanques, mísseis, etc.) sobretudo aos contribuintes americanos.
A América, nos últimos duzentos anos, só teve cinco anos de paz.
Poderá ao menos, fazer um print-screen dessa página ( ...fronteiras, mão amiga faz-nos...), para quem não tem Livrocara, e depois inserir um link para essa mesma imagem... por obséquio?!?
Agradecido.
ao Facebook só acede quem tem conta no Facebook. Mas o que está no link é igual ao está aqui
Ah, perfeito!!! Obrigado!
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