A parcela dos rendimentos nas mãos do 1% dos mais ricos da população norte-americana é mais elevada do que a dos tempos dos escravos da Roma Antiga e igual ao pico dos anos 20. Se isso não ajudar a entender a era em que vivemos, o site Zero Hedge convida-nos a ler Paul Singer da “Elliott Management Corpª” que explica tudo o que é preciso saber sobre o recorde alcançado na desigualdade social nos Estados Unidos e de quem é a responsabilidade por isso:
"A desigualdade nos Estados Unidos hoje está perto do seu pico histórico, em grande parte porque as políticas da Reserva Federal foram bem sucedidas a atingir os seus fins: ou seja, os preços dos activos cada vez mais elevados (em particular os preços de acções, títulos e high-end imobiliário), que geralmente são de propriedade dos contribuintes das faixas de maiores rendimentos. Á Reserva Federal tem vindo a ser permitido fazer todo esse trabalho, porque as políticas do presidente Obama são supressivas de crescimento e, na ausência de impressão de dinheiro pela Reserva Federal (agora através da ZIRP - Zero Interest Rate Policy (1) a Economia está a ficar cada vez mais debilitada ou até mesmo estará de volta à recessão (2).
A maior ironia é que Obama foi eleito por falar num programa contra a desigualdade, “ uma das questões mais importantes do nosso tempo” dizia ele, enquanto a substância das suas políticas está a minar drasticamente a classe média e a levar a FED - com o incentivo do presidente - a adoptar uma política monetária radical, que está a agravar as desigualdades. Esta verdade simples não tem sido repetida o suficiente" (ZeroHedge)
(1) na gíria, a opinião pública qualificada alcunhou o ZIRP de "programa de Zombies que Japonizam a Economia norte-Americana" (Forbes)
(2) de volta, porque a primeira recessão (2007/8) já foi "exportada" para o resto do mundo, nomeadamente tendo como principal alvo os paises Europeus através da transformação dos activos tóxicos dos bancos em dívida soberana dos Estados
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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