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sábado, outubro 25, 2014

Sob o governo de Getúlio Vargas, o ideário de Hitler influenciou políticas e seduziu uma boa parte da população brasileira

Quais as razões do Brasil estar infestado pela iliteracia politica que não deixa o país libertar-se do jugo colonial imperialista, o sistema responsável pela maior desigualdade social num dos paises mais ricos do mundo? São razões cujas origens provavelmente o filme "Getúlio" que anda por aí estrelado por um artista de telenovelas não explicam. Sabendo-se como dado adquirido que é o regime de propriedade, dos latifundios e meios de produção industrial, que determinam as relações sociais, como foi e é possivel no século XXI manter uma riquissima elite de 4 por cento dos brasileiros disfrutem de um dos mais elevados niveis de vida do planeta, enquanto os restantes 96 por cento vegetam na maior das precaridades da ausência dos mais elementares direitos humanos? (saúde, educação, habitação) Como resolver? Eleição controlada pela burguesia ou Revolução comandada pelo proletariado?


Maria Luiza Tucci Carneiro, Historiadora: "Persiste um certo silêncio sobre a presença e actuação dos nazis no Brasil. Não se sabe nem o número de partidários de Hitler que se refugiaram no país depois da Segunda Guerra Mundial, acusados de crimes contra a humanidade. Governado por Getúlio Vargas entre 1930 e 1945, o Brasil converteu-se numa espécie de seara livre para a circulação de nazis, fascistas e integralistas. Mesmo antes do golpe militar liderado por Getúlio Vargas, o Estado apelou para um conjunto de leis de excepção. Na sua essência, elas prepararam o Brasil para receber as propostas "revolucionárias" do fascismo italiano e do nazismo alemão como “novidades da modernidade”. A imprensa brasileira cuidou de reportar, com alguma admiração, as conquistas de Mussolini a partir de 1922 e de Hitler a partir de 1933. Os nacionalismos alemão e italiano transformaram-se em fontes de inspiração para o modelo de nação que se pretendia construir no país: forte e homogénea. A propaganda oficial emergiu como instrumento para o exercício do poder mascarado de “política trabalhista”, controlada por leis rígidas e um tribunal de excepção. Os conceitos e os partidos de extrema-direita proliferavam e conquistaram segmentos importantes da população. As ideias de Hitler começaram a aportar no Brasil já em 1929, quando imigrantes alemães recém-chegados formaram os primeiros núcleos nazistas. Após a ascensão do Führer ao poder, em 1933, esses grupos foram integrados na Auslandorganisation der NSDAP – a Organização do Partido Nacional-Socialista para o Exterior (AO). No ano seguinte, o governo alemão organizou um sistema de infiltração e de propaganda com os alemães radicados no estrangeiro. Em 1937, Ernest Wilhelm Bohle, responsável pela AO, assumiu também funções diplomáticas na Embaixada Alemã no Brasil, permitindo que o Partido Nazista cumprisse ostensivamente a missão de “proteger” os alemães do exterior" (ler estudo completo aqui)

Carlos Haag: "Quando se fala em nazis no Brasil, a imagem que nos vem à cabeça é de um bando ridículo de gaúchos louros levantando o braço direito no meio da fumaceira dum churrasco. Em verdade, a presença nazi foi menos folclórica e de uma importância política notável, em especial para a consolidação do Estado Novo varguista, que completa, neste ano, 70 anos". Um legado de Nazismo tropical?
 
ler também: 
Otto Braun cita os nomes dos lideres estaduais refugiados do partido nacional-socialista alemão em 8 Estados brasileiros, subordinados ao directório central em São Paulo comandado pelo nazi alemão Hans Henning von Cossel à frente de 2.900 membros militantes (in "A Caça às Suásticas)

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