terra de coelhos, dela diziam os romanos |
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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quarta-feira, outubro 22, 2014
Itálica
O primeiro povoado romano no sul da Hispânia foi Itálica, fundada no ano 206 antes da nossa era, no final da 2ª Guerra Púnica contra Cartago, por iniciativa de Publio Cornelio Cipião, cognominado “o Africano”, com a finalidade de servir de assentamento aos feridos da batalha de Ilica e de colonos veteranos de guerra. Com a vitória sobre os cartagineses Roma assumiu a posse da exploração das imensas riquezas minerais, cobre, prata e ouro, de todo o sudoeste da peninsula ibérica.
Depois do imperador Augusto, a partir do século I, Itálica converteu-se em município (Colónia Élia Augusta Itálica) sendo-lhe conferida a prerrogativa de cunhar moeda. Na prestigiada Itálica nasceram os imperadores Trajano e Adriano usufruindo então a cidade de tempos economicamente esplendorosos que a fizeram desenvolver-se arquitectonicamente, erigindo-se novos edificios públicos como o Anfiteatro com capacidade para 25.000 espectadores, o Templo de Trajano, mansões como a Casa de las Hilas, a Casa de Neptuno, a Casa de Exedra e em geral um luxuoso conjunto residencial decorado com mosaicos nos pavimentos, ornamentos em mármore, estatuária importada da Grécia e da Mauritânia e ruas amplas ligando entre si os diversos bairros. O primeiro núcleo mais antigo fundado pelo general Cipião encontra-se actualmente debaixo dos caboucos da cidade contemporânea de Santiponce (9km a norte de Sevilla pela E803). A zona da cidade nova erigida pelo general Adriano é a parte do conjunto arqueológico preservado que se pode visitar, incluindo as muralhas, o teatro, o templo de Trajano, o anfiteatro e as termas. Presume-se que Itálica tenha sido aabandonada no século XII. As escavações arqueológicas iniciaram-se entre 1751 e 1755, dirigidas por Francisco de Bruna. Desde então, até aos nossos dias, os trabalhos arqueológicos nunca foram interrompidos. As suas ruinas foram declaradas Conjunto Arqueológico de Interesse Cultural por Decreto da Junta da Andalucía en 1989.
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