Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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segunda-feira, março 31, 2008
o Santiago Mata-Mouros
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o Capitalismo ameaça o futuro da humanidade
o caso na foto de capa da revista do MST: um “Sem Terrinha” durante o acto ecuménico em Santa Tereza do Oeste em memória de Valmir Mota de Oliveira, o Keno, morto por pistoleiros ao serviço da multinacional suiça Syngenta em Outubro de 2007 num acampamento da Via Campesina montado no Estado do Paraná no Brasil - Em entrevista exclusiva, na sua visita ao Brasil, István Mészáros ataca o capital financeiro e os governos submetidos ao neoliberalismo, e enfatiza o papel da educação rumo ao socialismo.
A articulação do capital financeiro com os países mais poderosos de toda a história da civilização ocidental ameaça o futuro da humanidade pelo nível de exploração da natureza. O motor do desenvolvimento que sustentava a superioridade do capitalismo sobre os outros modos de produção e o conceito de “destruição produtiva” criado pelos economistas neoliberais, sofreu uma mudança estrutural que o deixou do avesso. Actualmente, o sistema capitalista avança pela “produção destrutiva”.
“A maneira como o sistema capitalista opera hoje, sob o domínio do capital financeiro destrutivo e com apoio de governos poderosos, está-nos levando à destruição. Temos que nos opor fundamentalmente a isso”, defende o pensador húngaro, professor emérito da universidade de Sussex, na Inglaterra, designado como o principal intelectual marxista da actualidade.
“Precisamos de um grande movimento de massas. Não pequenos movimentos e movimentos que brigam entre si, por pequenas divisões sectárias que não conseguem nada. É preciso um grande movimento de massas, educação e um modelo viável de produção, uma forma de vida sustentável”
Nascido em Budapeste, em 1930, o autor de “A teoria da alienação em Marx” (1970), “O poder da ideologia” (1989) e de “Para além do capital - Rumo a uma teoria da transição” (1995), Mészáros recebeu uma homenagem do MST (“Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra”) pela importância da sua obra para a compreensão da sociedade contemporânea e pela contribuição na luta socialista. Na escola, ele plantou uma árvore de mogno para deixar a marca da sua visita.
“Considero o Movimento Sem Terra muito importante para o futuro por uma característica particular. Eu escrevo muito sobre a necessidade de uma aliança substantiva, não formal, e o movimento é uma manifestação muito clara e importante dessa aliança, que é o futuro”
(Depoimento para ler na versão integral da entrevista exclusiva de Mészáros à Revista Sem Terra, conduzida por Igor Felippe Santos e Miguel Enrique Stedile)
sábado, março 29, 2008
in Zionist Bankers We Trust
A coisa, pela insustentabilidade que até o vendedor ambulante das castanhas é capaz de se aperceber, já é oficial: J.Bradford DeLong, um economista do think-thank norte americano "Project Syndicate" (traduzido no caderno de Economia do Público) reconhece afinal um velho ditado popular: "morre o homem morre a propriedade". O velho judeu finou-se em 2006. O artigo apresenta erradamente como ícone o cow-boy Reagan e Deng Xiao Ping como melhor actor secundário; contudo foi Richard Nixon quem desanexou o valor do dólar em relação ao ouro e abriu as portas da China usando a necessidade de emancipação do proletariado chinês a favor da ideia neoliberal da divisão social de trabalho globalizado que sustenta o patronato e os burocratas politicos ocidentais improdutivos.
Contudo, finou-se a friedmanmania, mas não morrem os efeitos nefastos provocados, que seguramente irão perdurar por mais de uma década, se entretanto não houver grave serrabulho. Mas o remédio receitado por aquele grupo de especuladores soft, com o judeu húngaro George Soros à cabeça e o nóbel judeu Joseph Stiglitz a defesa esquerdo, como é evidente, dado o crescimento anómalo das células que provocaram a terrível epidemia de peste do fundamentalismo de livre mercado, será também ineficaz. Afinal o que se proporá para o futuro é a nacionalização dos sectores chave da economia nas mãos do Estado (o que resta dele na forma de uma caricatura desterritorializada) e liberdade para uma "especulação responsável" operada pela Oligarquia instalada - ou seja, o mesmo mal pelo qual se queixavam da União Soviética.
A época do socialismo estalinista deverá ser lida na perspectiva do desenvolvimento pela assimilação e produção de tecnologia que retirou milhões de pessoas de um estado miserável de existência; partia-se de bases muitas baixas, e em 50 anos a URSS transformou-se numa superpotência. Ao contrário, no Império de hoje, leia-se os EUA, partiu-se de niveis elevadissimos, antes da crise, para um estado de decadência e regressão. É este o espírito americano hoje, o mesmo da Europa do século XIX, onde o povo se confrontava já com a perspectiva de uma primeira grande guerra que iria iniciar o principio do fim da hegemonia europeia no mundo - este discurso hoje não seria estranho:
"E impuseram-me tudo isto - suspira o louco - a mim, um cidadão inglês livre, para que produza ouro para os faraós!". "Para que pague as dívidas da família Bonaparte" - suspira a nação francesa"
Karl Marx, in "o Dezoito do Brumário de Luís Bonaparte" - sem dúvida, "as tragédias na História repetem-se sempre como farsa"
sexta-feira, março 28, 2008
em representação e em nome de quem foi o presidente da Assembleia da República legitimar com a sua presença os interesses dos neoconservadores promotores da guerra? esta foi uma acção que se pautou pelo nivel da programação da RTP – com o prejuizo acrescido de nem sequer um directo de tão importante evento ter sido transmitido e facturado; e como informação não relevante, igualmente escondido nos confins das páginas interiores dos jornais.
Segundo acto: o Parlamento português rejeitou esta última quarta feira um voto de condenação (para lavar a honra do Estado da vergonha de há cinco anos) no aniversário da invasão agora sempre mencionada por “guerra do Iraque”, após uma acesa discussão entre o Bloco de Esquerda e o PS, partido que viabilizou o chumbo do voto ao optar pela abstenção.
Deste modo temos uma Assembleia da República perfeitamente alinhada com Pacheco Pereira, por obra e graça do espirito santo, todos juntos incondicionalmente ao serviço das guerras de agressão encomendadas à NATO pelos decisores políticos que, por razões económicas, visam destruir inimigos inventados. “Os portugueses andam enganados por se sentirem tão seguros” ameaçou o General Garcia Leandro com aquele ar circunspecto com que antes a “brigada do reumático” manifestava o seu apoio incondicional ao regime de antes do 25 de Abril. Ontem, como hoje, apesar da crise permanente (e pour cause), há bons empregos.
Terceiro acto: Para que a existência virtual do “terrorista” escondido com o rabo de fora não provoque sentimentos contraditórios no imaginário popular, o ministério da administração interna anunciou, concertadamente e em tempo, através do porta-voz em exercício, ladeado pela icónica figura da velha raposa do CDS que foi ministro de Salazar, que “a apologia do terrorismo será criminalizada em Portugal”.
Provavelmente para os historiadores vindouros, após os trabalhos de parto encomendados, “negar que houve uma guerra justa pela libertação do Iraque” também será constituido crime. Tal e qual como no grande embuste do “holocausto” dos judeus, que vitimiza Israel quanto baste, valendo-se de dados e informação falsa e distorcida, para que o Sionismo, constituido em doutrina universal, seja consentido e possa levar a cabo impunemente as maiores atrocidades.
A “democracia americana” na prática é isto; mas McCain prometeu 100 ou 1000 anos se for preciso, para levar a democracia (a deles) ao Iraque e arredores (ao resto do mundo). Mas onde está o dinheiro para levar a campanha guerrófila avante?; e quem paga? Até quando? – para já, os argumentistas de comédia, inspirando-se no famoso vídeo de Barack Obama, conceberam este recado : "Não, Não Podes!"
quinta-feira, março 27, 2008
a engrenagem do fascismo consumista
Perante os Mercados
* Vários Estados analisam os mecanismos que encarecem as compras (para ler no Gara)
* A Goldman Sachs admite 1,2 triliões de dólares de perda em créditos globais. Wall Street representa 40% do total (o restante sobra para nós, para o resto do mundo pagar)
* nos jornais de referência chamam-lhe "a 3ª fase da crise do crédito"
* Usura, a chave para conquistar o mundo
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quarta-feira, março 26, 2008
the whole picture
“Foi de forma inconsciente que deixámos morrer 10.000 rapazes no Vietname… se 10.000 mulheres tivessem tido o discernimento suficiente para tentar acabar com a guerra… se elas tivessem vindo para a luta, ainda que isso significasse ir para a prisão”
Jeannette Rankin, 1967
Um retrato de corpo inteiro
As familias Rothchilds e Rockefeller – o CFR - Bush - 9/11 - Bin Laden - Carlyle Group – a CIA – os Bancos de Investimento – o Patriot Act – a paranóia securitária - os Campos de Internamento – as Fraudes Financeiras - Irão-Contras – Cocaína - Wall Street – o Tráfico de Drogas - Afeganistão - S & L crisis – a DEA e a heroina colombiana - Iraque - Irão - Paquistão – armas nucleares – o desmembramento da segurança social – epidemias e negócios das Farmacêuticas – o Citibank e as dívidas públicas – Israel – o Sionismo global, e mais, muito mais – isto anda tudo ligado. Conforme o demonstra Michael Ruppert. Abaixo uma cronologia onde se mostra alguns dos pontos de contacto de alguns dos nossos responsáveis com a trama da “democracia global”
1913 – Um grupo de banqueiros privados, a maioria de origem judaica, tomam literalmente posse da economia norte americana e adquirem o poder único da emissão de dinheiro através dos bancos centrais e do FED.
1963 – Ao ser eleito o presidente Kennedy questiona o poder da Reserva Federal e declara a intenção de emitir a moeda em nome e relacionada com a economia nacional e não ao serviço de interesses privados
1963 – 10 dias depois, o forcing do Complexo Politico-Industrial no envolvimento dos EUA no Vietname é a causa próxima para o assassinato do presidente John F. Kennedy.
1964 – Os duvidosos resultados da Comissão Warren demonstram que o FBI de Edgar J. Hoover, o vice-presidente Lindon B. Johnsonn e a CIA estão envolvidos no assassinato. George Herbert Bush integra a CIA cujas actividades a partir daí se globalizam, interferindo de forma secreta, um pouco por todo o mundo, na formação de governos pró-americanos
1971 – Com a economia em ruptura devido ao esforço de guerra e à grande contestação social interna, os grupos de interesses que manejam a Reserva Federal americana (o FED, uma instituição na posse de privados) dão instruções ao presidente Richard Nixon para desanexar o valor do Dólar face às reservas de ouro existentes em Fort Knox, que põe fim ao sistema criado em Bretton Woods. Com as mais valias fabricadas com este golpe que tranferiu os prejuizos para os países dependentes dos petrodolares os EUA poderiam pagar até 5 guerras como a doVietname.
1972 – No rescaldo do conflito Sino-Soviético Nixon visita a China de Mao Tsé Tung abrindo a porta a vultosos investimentos ocidentais (a livre criação de moeda tinha deixado de ser problema), visando, depois com Deng Xiao Ping, a implantação de uma poderosa industrialização ao serviço do consumo nos países ricos do centro capitalista.
1973 – Richard Nixon e o secretário geral de Estado Henry Kissinger , obtêm êxitos no derrube de regimes adversos no Chile e na Indonésia (1975). De embaixador na ONU, George Herbert Bush passa a Director Geral da CIA.
1973 – Sob directivas teóricas do guru (judeu ucraniano) Milton Friedman, a Escola Económica de Chicago executa as primeiras aplicações práticas do Neoliberalismo, primeiro no Chile de Pinochet e depois por toda a América Latina, doutrina imposta como moeda de troca pelos financiamentos do FMI.
1975 – Depois de 60 mil soldados mortos e 300 mil feridos, milhões de vítimas locais e biliões de dólares derretidos, os Estados Unidos reconhecem a derrota no Vietname e, abandonam atabalhoadamente o país. O desastre teve consequências notáveis no futuro: o fim do serviço militar obrigatório e, a partir daí, a profissionalização das Forças Armadas.
1979 – Concluindo que o Imperialismo não é invencível (um tigre de papel, na gíria maoista) a Revolução Islâmica no Irão aniquila o corrupto governo do Xá pró-ocidental e expulsa os interesses norte americanos. O mesmo acontecerá no Líbano durante a 1ª guerra civil.
1973 – Guerra do Yom-Kippur – Israel aniquila literalmente as Forças Armadas coligadas de todos os Estados Árabes da região, com uma espectacular ajuda dos EUA e a conivente abstenção da URSS. Boicote petrolífero da OPEP à Europa como retaliação pelo apoio a Israel. Aumento descomunal do preço do petróleo e do custo de vida.
1976 – Escândalo Irão-Contras. Portugal está envolvido no tráfico de armas, as Forças Armadas recebem pagamentos em droga proveniente do Afeganistão (Defex Portugal) onde a CIA e a recém criada Al-Qaeda juntas combatem os Soviéticos. Adelino Amaro da Costa e Sá Carneiro são abatidos em Camarate. O General Eanes é eleito presidente da República.
1980 – O Papa João Paulo II, mandatado pela Opus Dei, Ronald Reagan, Margareth Tatcher e Milton Friedman gerem o complexo sistema politico-económico global que forçará ao desmantelamento da União Soviética e depois à bancarrota em 1998 e as graves crises sociais em 1987 no México, Brasil, Argentina, Coreia, Indonésia e outros.
1985 – Cavaco Silva, eleito por dois mandatos consecutivos como1º ministro, reafirma a lealdade aos EUA e à estratégia militarista da NATO, estreitando laços pessoais afectivos com o então vice presidente George Herbert Bush.
1987 - o economista judeu Alan Greenspan inicia a presidência do FED.
1990 – A principal plataforma de entrada de droga na Europa, a partir do Afeganistão o maior produtor mundial, é feita através do grupo de traficantes do KLA convertidos em “independentistas do Kosovo”
2001 – Crash financeiro da “Nova Economia”, 11 de Setembro como pretexto para a "guerra contra o terrorismo" e invasão do Afeganistão pelas tropas da coligação ocidental. Torna-se pública a fraude eleitoral na Florida que derrotou propositadamente Al Gore, no futuro destinado a promover um tipo de capitalismo "ambiental" alternativo.
2002 – George Bush e Richard “Dick” Cheney são indiciados, por diversas fontes, de envolvimentos próximos de tráfico de drogas através das empresas Brown & Roots e Halliburton – In G.O.D. We Trust.
2003 – Invasão do Iraque à margem do Direito Internacional, acção condenada unanimemente por toda a opinião pública mundial. Durão Barroso emigra como embaixador neocon para a Europa.
2006 – Ramalho Eanes, alegadamente próximo da Opus Dei, é o mandatário do presidente Cavaco Silva, que aprofunda o envolvimento das Forças Armadas nas campanhas militares da NATO. As primeiras individualidades que recebe, ainda antes da posse, são o então 1º ministro francês Nicolas Sarkozy (um nazi-sionista) e Henry Kissinger (outro sionista). O economista judeu Ben Bernanke é investido na presidência do FED.
2007 – Sobre a presidência de G.W.Bush os Estados Unidos constroem bases militares com carácter definitivo no Iraque e a mega-base “Camp Bondsteel” no Kosovo, apadrinhando a “independência” unilateral com os traficantes da placa giratória de droga do ex-KLA no Governo da província.
2007 – Um jacto Gulfstream II proveniente do Afeganistão fretado pela CIA desde 2003, para transporte de prisioneiros para Guantanamo despenha-se no México. Entre os destroços são encontradas 4 toneladas de cocaína; uma gota de água no big-business.
2008 – Crise financeira global. Fim do regabofe neoliberal. Nacionalizações e a necessidade de pôr em causa o papel dos Bancos Centrais e da Reserva Federal americana como emissores de moeda não relacionada com os valores reais dos bens e serviços na divisão social global do trabalho.
No fim da cronologia - existe por aqui, pela história recente, algum grupo étnico dominante cujas actividades económico-financeiras seja necessário colocar em causa?
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terça-feira, março 25, 2008
É a Economia de guerra, estúpido! (II)
Na mesma linha do artigo do Pacheco, disposto a apedrejar "a turba" anti-guerra, dar ouvidos aos pregadores encartados da politica corporativa é o mesmo que ouvir conselheiros económicos opinar sobre a bolsa de valores. Está tudo bem. “Não há qualquer chance de haver uma recessão, nem sequer uma crise que afecte metade dos valores; há uma pequena hipótese de 50/50 por cento de haver uma pequena crise; o panorama de recessão deixar-nos-á de vez a partir de 2009”. Este tipo de negócio sem sentido tem vindo a ser vendido ao público desde que estalou a crise em Agosto do ano passado. Aqui está um exemplo da insanidade que os reportórios oficiais oferecem. Ouça-se o que disse Jim Cramer há apenas uma semana. Estamos a olhar para o mais popular formador de opinião nos EUA, que aparece diariamente num programa de televisão de grande audiência e é autor de dois best-sellers sobre Economia. Passados 4 dias desta aparição e do espectáculo (ilegal) da manipulação de valores que só podem ser considerados como produzidos de má fé, o Bear Sterns desabou (com 1,5 biliões de prejuizos este ano a somar aos 1,1 biliões do ano passado) aprofundando o pânico. A crise saltou definitivamente o muro da rua de Wall Street para se passear pelas avenidas de todo o mundo; enquanto a Merril Linch, a UBS, a Morgan Stanley e o Citygroup anunciam novas perdas.
A maioria da opinião dos analistas coincide em que o pior está para chegar. Num relatório recente a Morgan Stanley prevê que as dificuldades se intensificarão para a banca europeia conseguir obter crédito no futuro. O preço pago pelas acções do Bear Sterns, o 5º banco de investimentos nos EUA, significa que o banco vale menos que zero. Só a sua séde na MadisonAvenue está avaliada em 1.200 milhões de dólares, porém a JPMorgan concordou em pagar apenas 240 milhões – isto significa que as previsões apontam para uma grande desvalorização dos activos no imobiliário.
Nouriel Roubini, um dos gurus mais prestigiados neste momento nos EUA, opinou numa entrevista que a única forma de impedir que outras entidades financeiras vão à falência é a sua nacionalização, uma medida que pressupõe um gasto entre 7 a 20 por cento do PIB norte-americano.
“As desvalorizações de activos que os bancos centrais nos EUA e na Europa se viram de novo obrigados a repor supera os 200 mil milhões de dólares. Mas ninguém conhece ao certo os valores que se estão a evaporar. Experimentados economistas afirmam que superam um bilião de dólares: (1.000.000.000.000 USD). Como puderam os bancos centrais e o FED permitir a montagem de dívidas de valores tão irracionais?
(ler mais em: “O Triplo Pecado da Grande Banca Privada” por Eric Toussaint e Damien Millet)
Uma gota de água se atendermos que os activos da maior família que controla a banca mundial, os judeus Rothschilds, valem cerca de 100 triliões. (entre eles as maiores empresas financeiras cujos nomes têm estado na berlinda). Os Rockefellers possuem activos no valor de 10 triliões
clique na imagem para ampliar
segunda-feira, março 24, 2008
o Pacheco e a Era do Capitalismo Destrutivo
Sim, há uma ligeira turbulência, mas por agora não nos sentimos obrigados a ter de vos explicar nada. Além do mais, temos o Movimento das Forças Armadas do nosso lado – basta-nos chamar-vos “turba de militantes ignorantes, gente minúscula e falsa que se apoia em meias verdades” e que nos quer, mais os nossos patrões ocultos, fazer a todos malhar com os ossos no TPI. Felizmente que os nossos mentores ideológicos, os gloriosos Neocons que assinaram o golpe-de-estado na sede do nosso partido Imperial, não assinaram o protocolo que reconheceria legitimidade ao Tribanal de Haia, esse antro de observadores do Direito Internacional.
Assim pensou o fatalmente previsível Pacheco Pereira quando escreveu, cinco anos depois, a sua opinião sobre o crime: “Existe em Portugal um delito de opinião (Público 22 Março pag.37) para o qual uma pequena turba, que só parece grande porque é alimentada pelo silêncio de muitos, pede punição, censura, opróbrio, confissão pública do crime, rasgar de vestes”
(cartoon de António, Expresso 29/3/03)
“Com a politica seguida, estamos hoje mais fragilizados e mais dependentes, com uma crescente substituição da produção nacional pela estrangeira e com uma maior subcontratação da nossa economia. Este quadro tem-se agravado desde a adesão ao euro e com a politica monetária cambial ditada pelo BCE.(…) a livre circulação de capitais e a privatização de empresas básicas e estratégicas criaram um quadro de crescente dominação do capital estrangeiro sobre a economia portuguesa. O capital estrangeiro já detém, em média, um terço das sociedades portuguesas” (1)
Num panorama destes, com o país num estado de pré falência, parece-nos óbvio que a única moeda disponível para a troca no pacto atlântico com os Neocons foi a oferta das Forças Armadas como mão de obra nas frutuosas campanhas da ex-Jugoslávia (reduzida à Sérvia), Afeganistão, Iraque e Líbano, e as que mais aprouverem à abastança do generalato indígena:
enquanto o povo e o país definham:
“o endividamento das famílias passou de 78 por cento do PIB em 2005 para 88 por cento em 2007; o das empresas passou de 98 por cento para 105 por cento do PIB”
É a Economia de guerra, estúpido!
Os tiros de pólvora seca da Administração Bush sobre Bin Laden e a guerra vão-se adaptando, consoante o medo que provocam, através dos mais variados nomes: guerra ao terrorismo, combate ao Islão radical, guerra ao fundamentalismo islamofascista (a mesma categoria do anti-semitismo), a terceira grande guerra, a guerra prolongada, guerra de gerações, mas as formas básicas dos conflitos permanecem imutáveis. Não são limitadas nem pelo tempo, nem pelo espaço nem pelos alvos. De uma perspectiva militar, estes conceitos vagos e processos amorfos fazem da “guerra ao terrorismo” uma proposição irresolúvel, sem qualquer hipótese de uma vitória inquestionável. Mas numa perspectiva económica trazem uma proposta imbatível: não uma intenção que promete grande sucesso mas falha miseravelmente como na guerra, mas o conceito de um processo novo e permanente na arquitectura económica global. Foi este tipo de negócio que a Administração Bush colocou à frente das Corporações americanas depois do 11 de Setembro. Até mesmo antes, através da falida e artificialmente inflacionada Enron, a maior contribuinte para a eleição de Bush, que o elegeu e de imediato se viu obrigada ao suicidio em Bolsa.
A salvação para as indústrias da guerra chegou pela canalização das taxas de dólares dos contribuintes para o Pentágono que abre a torneira para os empreiteiros privados: 270 biliões em 2005, mais do dobro da verba desde que Bush tomou posse. Entre 2001 e 2006 as agências de informação e o novo estreante o Departamento de Segurança Interna amealharam 130 biliões de dólares para os entregarem generosamente a empresas privadas (normalmente geridas por gestores amigos) que subcontratam.
(1) “Perspectivas para a Economia Portuguesa” por Carlos Carvalhas, publicado no "Le Monde Diplomatique", Março 2008
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sábado, março 22, 2008
Stabat Mater
W. Somerset Maugham, in "The Moon and Sixpence"
Em época de amêndoas, balelas, lazer e a via dolorosa dos filhos da mãe no Iraque, o patriarca de Lisboa saiu-se com esta: "a crucificação é uma forma de vencer radicalmente o mal e exorcizar a morte, inserindo-a no dinamismo da vida e da esperança". Trocado por miúdos, o que é que isto significa? - a minha prima costuma dizer que "de esperança vive o homem até que morre"; e depois?, o que é que acontece?, provavelmente nada - por isso é que a malta radical tem preferencialmente vindo a optar por cremar as carcaças depois de usadas e inaptas para o serviço. Mas, para onde vão as cinzas, a "alma" e outras funções radioeléctricas, passados três dias?
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sexta-feira, março 21, 2008
assim na terra como no céu
Maria José Nogueira Pinto, ex-militante de um minúsculo grupo partidário que aparece sempre em todo o lado sem que ninguém perceba lá muito bem porquê (DN.20/3) - é uma extraordinária estória esta, a crucificação, a subida aos céus e a ressurreição.
Quando muitos de nós pensam racionalmente no potencial do céu, o espaço exterior em termos de utilização pelas gerações futuras, pensamos no mundo das telecomunicações mundiais, navegação de satélites e exploração cientifica. O Comando Espacial Norte Americano, contudo, pensa em Armas - pensando que os conflitos no espaço e as guerras combatidas a partir do espaço são inevitáveis, o presidente-facínora apelou às agências especializadas para desenvolver armamento no espaço exterior, provocando uma corrida às armas que deverá custar aos Estados Unidos (e às subservientes vítimas do costume) triliões de dólares e pode vir a determinar o desaparecimento do bicho homem da face da terra. (o Ómega, no esotérico pensamento da Zézinha)
(para aprofundar o tema: ver resumo de artigos sobre armas nucleares)
“Nas conversas adultas que tivera com o pai, longe da moleza verbal do seu irmão Albert, ficara-lhe a noção clara de que matar os vestígios do Espírito Santo que existem no corpo de cada um era o início de uma outra existência que coincidia com o abandono de terrenos neutrais.
Nos pântanos os motores não funcionam, esta expressão que o pai Frederich Buchmann lhe dissera no mesmo dia em que fizera a primeira comunhão, estava ele ainda vestido de uma maneira em que se sentia completamente idiota, apenas para satisfazer as ideias cristãs da mãe, essa expressão ouvida apenas a alguns metros da porta da igreja, marcara-o, e ao longo do seu crescimento, ano após ano, olhava de novo para essa frase, entendendo-a de modo mais claro.
E ainda cedo, aos treze anos, disse à mãe, com aquele tom de quem não admite uma segunda frase a seguir à sua: nunca mais ponho os pés numa igreja” (*)
As relações possíveis entre o corpo do homem e o Espírito Santo – 4
“Claro que afundar ou eliminar o Espírito Santo que alguém, sem autorização, colocara no seu organismo, não era tão fácil quanto a decisão de nunca mais entrar numa igreja. É que no fundo se tratava de um mecanismo concreto debaixo de um nome sugestivo: o Espírito Santo fora transformado pelos filósofos da Igreja numa espécie de proteína da fraternidade, proteína não humana, pelo contrário, feita de uma outra substância, de uma outra qualidade, efeito de um raciocínio perfeitamente humilhante para os humanos, mas que estas, pensava Lenz, estupidamente agradeciam com sorrisos vagos.
O que em ti é mais digno não te pertence, tinha dito a Igreja, com a invenção desse Espírito não humano que Frederich Buchmann dizia ocupar um espaço onde antes nada faltava. O Espírito Santo era um excesso, uma substância especializada numa função que não era indispensável à existência. Era igual, numa máquina que cumpre perfeitamente os objectivos e satisfaz as necessidades da sua força e do seu movimento, a colocar um segundo motor em funcionamento autónomo, mas sem ligação com qualquer ligação com a restante estrutura do mecanismo. Ou seja: nem sequer é uma peça que pode substituir outra que falhe, é uma outra peça.
Pense-se em dois homens de dois países que apenas falam a sua língua natal, incompreensível para o outro, e que fechados na mesma sala têm a tarefa de construir um discurso. Dessa sala sairão dois discursos autónomos, independentes, eventualmente até com preposições inimigas, declarações de guerra explicitas, ou então um desses homens terá de sair da sal, assumindo o abandono do território comum. Eis, para Lenz, as relações possíveis entre o corpo do homem e isso a que chamavam Espírito Santo”
(*) Gonçalo M. Tavares, in “Aprender a rezar na era da técnica”
quinta-feira, março 20, 2008
Financial Meltdown
e, para desanuviar o ambiente, dois humoristas, o John Passarinho e o John Fortuna, explicam como funcionam os mercados financeiros. Sim, isto é mesmo mau, e o humor pode ser mortífero - o John Passarinho "trabalhou" como Banqueiro durante muitos anos em Wall Street ombro a ombro com os maiores investidores mundiais, no jogo de casino vende-vende-vende (e depois do crash compra-compra-compra) sobre pacotes de hipotecas, fundos de pensões, e sobre as vidas de cada um de nós individualmente. Ganhou um milhão de dólares e saíu a tempo. "A partir daqui deixou de ser assunto meu" concluiu.
quarta-feira, março 19, 2008
Política Operária
István Mészàros, “Beyond Capital”, 1995
“Está em curso o maior ataque de sempre do patronato português ao mundo do trabalho. Apoiados no “Livro Branco” sobre as relações laborais, governo e patrões iniciaram “negociações” com as centrais sindicais para modernizar as relações entre o Capital e o Trabalho, aumentar a produtividade e dinamizar a economia. A conversa é velha e foi inaugurada há trinta anos pelo Soares, quando introduziu os recibos verdes, uma praga que dizia “temporária” e excepcional. (O Pacote Laboral)
Sem perderem tempo, as associações patronais disseram ao que vinham, exigindo que a manifestação do simples desejo de renovar os quadros das empresas seja suficiente para despedir e que o “Livro Branco” é insuficiente: há que acabar com essa bizarria dos 14 salários anuais, dos 24/26 dias de férias, os contratos de trabalho, as 8 horas de trabalho vezes 5 dias.
Há que abolir o princípio de salário igual para trabalho igual, o pagamento de horas extraordinárias e reduzir as contribuições patronais para a segurança social; instituir a precaridade como única relação laboral e ter os trabalhadores disponiveis 24 horas por dia, conforme as necessidades das empresas.
As centrais sindicais dizem com razão que se quer fazer regressar as relações laborais ao século XIX. Mas, animadas do espírito construtivo, lá vão explicando que as coisas já não são como antes, que trabalho e salário garantido é coisa do passado.
E a vida segue tranquila, como se nada fosse. Um ataque desta envergadura exigia que sindicatos e partidos andassem a amotinar os trabalhadores, a incentivar a sua revolta, a exigir “Sócrates para a rua!”. Mas não. Escolheram combater nos gabinetes da concertação social e o jogo parlamentar.”
mas, embora não sabendo em que é que ele estava a pensar, a frase é de Paul Auster: "Tudo pode mudar a qualquer momento, inesperadamente e para sempre"
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a Promoção do Feudalismo Tibetano
"A promoção do feudalismo tibetano continua a desenrolar-se, sob o alto patrocínio da CIA. Os actuais protestos no Tibete, em ligação com os Jogos Olímpicos na China, haviam sido planeados e discutidos em Julho de 2007 em Nova Delhi sob a égide do embaixador estadounidense, do sr. Jamyang Norbu que se apresenta como escritor exilado e desse bandalho do Dalai Lama que se apresenta como "líder espiritual" do Tibete. O objectivo era fazer mais uma das revoluções coloridas , ao estilo da CIA. A seguir àquela reunião a sra. Paula Dobriansky , sub-secretária de Estado dos EUA, neocon membro do PNAC, efectuou uma visita ao sr. D. Lama para coordenação. A dita sra. Dobriansky já estivera envolvida nas tais 'revoluções coloridas' na Europa do Leste. Promover revoltas com a cobertura do governo americano é uma actividade muito rentável para alguns.
A estratégia delineada em N. Delhi previa uma marcha de exilados e protestos dentro do Tibete, sempre com financiamento ciático. Está tudo a ser seguido ao pé da letra. A orquestração nos media que se dizem "de referência" não podia, é claro, deixar de faltar"
terça-feira, março 18, 2008
budismo neocon
Que preconceitos levam a que ninguém estranhe haver 52 (melhor dizendo 50) Estados federados nos EUA, onde a repressão se abate sobre os independentistas de Puerto Rico, ou sobre os militantes de Portland (Oregon), de cada vez que embarcam contingentes e material militar para as guerras no Médio Oriente e Ásia central, ou sobre a população em geral sem outra hipótese de sobrevivência que não seja o exercício do pequeno delito – e na China não aconteça o mesmo quando se pretende boicotar o emergente Frankenstein global que o próprio Império criou? – se o futuro está no multiculturalismo e na independência das comunidades locais, comece-se por desmantelar o poder central do imperialismo. Afinal é isso que já começou a acontecer, enquanto as elites se refugiam no conceito de extra-territorialidade, e se escondem em ilhas de prosperidade um pouco disseminadas por todo o planeta.
mais informação sobre a China:
* South China Morning Post
* as Nações Unidas na China
* Centro de Estudos sobre a China Contemporânea
* China Internet Information Center
* (mapa e fonte de informação: Atlas da Globalização, Le Monde Diplomatique)
segunda-feira, março 17, 2008
Da Democracia lá no Sítio
E no entanto continua-se a falar em “crise das hipotecas”, como se se não tivesse depois passado para as “monolines”, os fundos que seguravam os bonds falsificados e depois para o desmoronamento generalizado de todo o castelo financeiro ficticio. As declarações de Vitor Constâncio não são um aviso dos bancos centrais, são uma certeza que a recessão chegou, e com ela um ainda maior nivel de desemprego. Mas para os ideólogos do regime, de cá e de lá, “a América” continua a ser rica; e porque o suporte económico em que se funda a sociedade “para agora não interessa nada”, da mesma forma os EUA continuam, como no século XVIII, a ser o farol da Democracia e da prosperidade, enquanto o Marxismo que nasceu na mesma época é um fóssil. Alguém viu os 4 triliões das reservas de ouro norte americanas?
o título da sua obra fundamental, por ordem a exprimir o que me parece ser um flagrante contraste entre a vitalidade da democracia americana, demonstrada pelo envolvimento popular nas primárias para a escolha dos candidatos presidenciais, e a forma como na Europa as mais importantes as mais importantes decisões são efectuadas à revelia dos cidadãos (...)”
Parei na primeira galga – afinal, a meio do artigo, o que o fulano pretende é que se faça desde já lobbying “à americana” junto dos vários paises e grupos parlamentares europeus visando a re-eleição de Durão Barroso na Comissão Europeia. Começa assim: “gostaria de ver nas próximas eleições europeias a dinâmica e o interesse que estão a suscitar as eleições americanas (...) etc.”
O alegado “envolvimento popular dos americanos nas primárias para a escolha democrática”, conforme se chegou à conclusão neste post, não ultrapassa os 6 por cento dos cidadãos filiados nos partidos, num processo exclusivamente interno destes. Não é de agora, sempre foi assim. Mas ninguém melhor que encarregarmos o próprio Tocqueville de pôr o Leitão em pelota:
“É a maioria dos Estados e não a maioria dos membros que decide a questão, de tal modo que Nova Iorque já não influi mais na deliberação do que Rhode Island” (que no século XVIII tinha várias dezenas de vezes menos população). “Esta é uma das estranhezas que apresenta a Constituição federal e que só pode ser explicada pelo choque de interesses opostos (...) Na eleição de 1833 o número de eleitores (em todos os EUA) era de 288 pessoas” (página 174 da edição da Principia). Só assim se compreende “a liberdade” para a emergente formação dos monopólios que estiveram na base do poderio global yankee.
“Pode-se considerar o periodo de eleição do presidente como um momento de crise nacional. Porquê? – por causa das paixões do povo, que passam a ser preocupação do presidente. A calma só advém depois da agitação provocada pela eleição” (pág. 175)
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domingo, março 16, 2008
um filme sobre Sachsenhausen
Provavelmente será visto por muito pouca gente (exibido apenas em duas salas na grande Lisboa), não vá o objecto do realizador austríaco Stefan Ruzowitsky aliciar para comparações incómodas quando se questiona o passado. Mas, apresentado como “uma história verdadeira”, mais uma peça de promoção da vitimização dos judeus na indústria do holocausto, terá o miolo desta obra de ficção algo a ver com a reconstrução da realidade histórica possivel?
A nacionalização da actividade de emissão de moeda dos Bancos centrais na Alemanha Nazi
No final da 2ªGrandeGuerra os nazis congeminaram um plano secreto para destabilizar a Inglaterra inundando a sua economia com milhões de libras falsificadas. O protagonista principal da história foi Salomon Smolianoff, (no filme, Sorowitsch) um judeu russo que tinha sido preso em 1927 por falsificar notas de 50 libras em Amsterdão onde cumpria pena; foi transferido para um campo de trabalho a cerca de 35 quilómetros de Berlim, onde reuniu um grupo notável de falsificadores que trabalharam sob a direcção do chefe de policia reformado alemão cujo nome de código era Major Herzog, na verdade o Major das SS Bernhard Krüeger.
A operação do fabrico de notas de contrafacção no campo de Sachsenhausen teve o nome de código “Operação Bernhard”, em honra do homem que dirigiu a operação. Krüeger, um engenheiro têxtil, sob as ordens directas de Heinrich Himmler reuniu a equipa de falsificadores, executivos da banca e artistas plásticos de vários campos.
O esquema nazi, começou em 1942, com a alegada intenção de “bombardear” a economia da Grã-Bretanha com milhões de notas de libras esterlinas falsificadas (de 5, 10,20 e 50) perfeitamente iguais às do Banco de Inglaterra. As notas são consideradas a contrafacção mais perfeita que alguma vez foi produzida, sendo extremamente dificil, senão impossivel, distinguir as verdadeiras das falsas. Os nazis tinham 100 agentes alemães infiltrados que colocavam este dinheiro falso em circulação, normalmente depositado em bancos suiços, usado depois para pagar operações alemãs em todo o mundo, depois de as notas chegarem a ser testadas como boas pelo próprio Banco de Inglaterra. Entre 1943 e 1945 as impressoras da unidade especial de Sachsenhausen forjaram 8.965.080 notas de banco com o valor total de 134.610.810 libras inglesas, o equivalente a preços correntes de hoje a mais de 7 biliões de dólares. (nada que a FED não faça hoje num ápice!)
Os homens que trabalharam na impressão eram delinquentes comuns com cadastro por falsificação de dinheiro na Alemanha. Foram trazidos para Sachsenhausen pelas suas habilidades excepcionais e conhecimentos de tipografia para falsificar documentos e notas. Nove deles eram Judeus internados em Auschwitz (5 oriundos da Polónia, 1 Holandês, 1 Francês, um Checo e 1 Cigano). Foi a este núcleo duro de “experts”, os melhores na sua “arte” que foi entregue o comando de uma equipa que em 1944 chegou a contar com 142 falsificadores a trabalhar na “Operação Bernhard”. Destes, o mais qualificado, eleito como chefe-de-fila, foi o já referido Salomon Smolianoff. Outro era Adolf Burger um judeu checoslovaco, preso em Bratislava em 1942 onde falsificava passaportes, cédulas de nascimento, guias de transporte e outros documentos usados para a evasão de comunistas perseguidos pela Gestapo Checa, num regime fascista que depois da invasão de 1939 se converteu em fiel aliado de Hitler. Enviado para Auschwitz para o trabalho escravo, quando souberam das suas aptidões repescaram-no para Sachsenhausen.
De acordo com Adolf Burger, que escreveu um livro onde conta a sua odisseia, os falsificadores, em 22 de Fevereiro de1945 nas vésperas da derrota nazi, conseguiram fazer com sucesso as primeiras 200 notas de 100 dólares, e preparavam-se para fabricar o seu primeiro milhão em dinheiro norte americano nos dias seguintes. Mas isso nunca veio a acontecer, porque entretanto chegou uma ordem dos Serviços de Segurança do Reich para parar os trabalhos e desmantelar a maquinaria. Quando Sachsenhausen foi evacuado em Abril de 1945 e tomado pelo exército soviético, o grupo de trabalho da Operação Bernhard foi transferido para Ebensee, um campo secundário de Mauthausen na Áustria que foi libertado pelo exército americano em Maio de 1945. Depois de sair em liberdade, Burguer instalou-se em Praga onde publicou um pequeno livro escrito em checo "Cislo 64401 mluvi" ("O Preso nº64401 Fala"). Este número, gravado no braço, de acordo com o código de tatuagens de prisioneiros em Auschwitz, significava que no caso se tratava de um especialista em tipografia. Estas séries de números eram usadas em cartões informatizados que faziam parte dos ficheiros elaborados pela IBM para o Reich. Anos depois, já radicado na Alemanha Oriental (DDR) Burger publicou outro livro: “O Trabalho do Diabo” (Des Teufels Werkstatt) um best-seller que nunca foi traduzido para inglês. Depois da queda do chamado regime comunista, em 1988, uma cadeia de televisão da Alemanha Ocidental realizou o documentário de 45 minutos “The Devil's Workshop”, baseado no livro.
Sãos e salvos, a imagem feliz e sorridente dos judeus Adolf Burger, Salomon (Sorowitsch) Smolianoff, Ernst Gottlieb, Max Groen e Andries Bosboom posando para a fotografia (ou Burguer com três enfermeiras americanas), e as fotos da vida quotidiana dos judeus em Sachsenhausen contradizem todas as imagens do famigerado holocausto de judeus que a partir de então se começaram a construir. Como se via nos felizes convívios de Yalta, Potsdam ou Teerão, de facto, como não podia deixar de ser, regra geral os judeus colaboraram normalmente ou fizeram parte dos regimes vencedores (Estaline era judeu georgiano, Churchill filho da Casa judaica de Blenheim). A comunidade judaica colaborou primeiro com os Nazis, depois com os Soviéticos, por fim com os Americanos. Na verdade foi nos Estados Unidos que a maioria dos refugiados judeus procurou exilio durante e no fim da 2ª Grande Guerra, onde se juntaram à primeira vaga do principio do século. São famosas as histórias de colaboração entre os Nazis e as Famiglias do “Big Business” norte americano. A lista de colaboração de empresas multinacionais no negócio dos campos de concentração é vasta. (como agora)
o governo israelita de Yitzhak Rabin encomendou o projecto
de design de reconstrução à equipa de arquitectos
Braun, Voigt & Partners de Frankfurt
Começando em finais de 1939, nas instalações que são apresentadas hoje como o sítio onde os prisioneiros eram executados, a Estação Z, os pavilhões do Bloco 19 situados nas traseiras da zona industrial do campo de Sachsenhausen, alojaram as actividades do grupo de falsificadores que disfrutava de privilégios especiais, boa alimentação, cuidados médicos e alojamentos dignos. Depois da invasão da União Soviética em 1941 pelo exército alemão, os prisioneiros russos identificados como «Comissários Comunistas» eram trazidos para este ponto, condenados e fuzilados. De acordo com um folheto distribuido no actual Memorial pelo menos 12.000 presos soviéticos foram executados na Estação Z desde finais de 1941. Num tribunal militar conduzido pela URSS em Outubro de 1947 o comandante do Campo Anton Kaindl “confessou ter ali gaseado prisioneiros”. Quando o campo de concentração foi reconvertido para “Museu Judeu de Sachsenhausen”, uma parte do muro da Estação Z foi removida e o “Crematorium” que alegadamente tinha sido destruído foi reconstruído, em 1953 (!).
No Ocidente a história apenas se tornou oficialmente conhecida no Outono de 2006 através do livro de Lawrence Malkin “Os Homens de Krueger: o Complot Secreto de Contrafactores e os Prisioneiros do Bloco19” publicado simultaneamente pela Brown Little nos Estados Unidos e na Alemanha com o titulo "Hitlers Geldfaelscher"
Três notas para concluir que as "instalações de memória" são feitas e refeitas conforme as encomendas: o livro original “O Preso nº64401 Fala” de Adolf Burger não refere quaisquer “câmaras de gaz”, tampouco execuções de judeus nessa condição. Segundo a informação original do próprio campo, os prisioneiros alegadamente ali fuzilados tê-lo-iam sido na qualidade de “comissários comunistas”. O governo da URSS foi tão responsável pela fabricação do mito do holocausto, quanto as sucessivas Administrações dos Estados Unidos, mormente desde a formação da Administração do proto-judeu Henry Solomon Truman em 1945, o vice-presidente mandatado para reconhecer o Estado Sionista de Israel
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e como o passado foi o prólogo do presente, as consequências são visiveis:
Realizaram-se ontem um pouco por todo o mundo manifestações contra a ocupação e a guerra no Iraque pelo exército dos Estados Unidos da América.