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A coisa, pela insustentabilidade que até o vendedor ambulante das castanhas é capaz de se aperceber, já é oficial: J.Bradford DeLong, um economista do think-thank norte americano "
Project Syndicate" (traduzido no caderno de Economia do Público) reconhece afinal um velho ditado popular: "
morre o homem morre a propriedade". O velho judeu finou-se em 2006. O artigo apresenta erradamente como ícone o cow-boy Reagan e Deng Xiao Ping como melhor actor secundário; contudo foi Richard Nixon quem desanexou o valor do dólar em relação ao ouro e abriu as portas da China usando a necessidade de emancipação do proletariado chinês a favor da ideia neoliberal da divisão social de trabalho globalizado que sustenta o patronato e os burocratas politicos ocidentais improdutivos.
Contudo, finou-se a friedmanmania, mas não morrem os efeitos nefastos provocados, que seguramente irão perdurar por mais de uma década, se entretanto não houver grave
serrabulho. Mas o remédio receitado por aquele grupo de especuladores soft, com o judeu húngaro
George Soros à cabeça e o nóbel judeu
Joseph Stiglitz a defesa esquerdo, como é evidente, dado o crescimento anómalo das células que provocaram a terrível epidemia de peste do
fundamentalismo de livre mercado, será também ineficaz. Afinal o que se proporá para o futuro é
a nacionalização dos sectores chave da economia nas mãos do Estado (o que resta dele na forma de uma caricatura desterritorializada) e liberdade para uma "especulação responsável" operada pela Oligarquia instalada - ou seja,
o mesmo mal pelo qual se queixavam da União Soviética.
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A época do socialismo estalinista deverá ser lida na perspectiva do desenvolvimento pela assimilação e produção de tecnologia que retirou milhões de pessoas de um estado miserável de existência; partia-se de bases muitas baixas, e em 50 anos a URSS transformou-se numa superpotência. Ao contrário, no Império de hoje, leia-se os EUA, partiu-se de niveis elevadissimos, antes da crise, para um estado de decadência e regressão. É este o espírito americano hoje, o mesmo da Europa do século XIX, onde o povo se confrontava já com a perspectiva de uma primeira grande guerra que iria iniciar o principio do fim da hegemonia europeia no mundo - este discurso hoje não seria estranho:
"E impuseram-me tudo isto - suspira o louco - a mim, um cidadão inglês livre, para que produza ouro para os faraós!". "Para que pague as dívidas da família Bonaparte" - suspira a nação francesa"
Karl Marx, in "o Dezoito do Brumário de Luís Bonaparte" - sem dúvida, "
as tragédias na História repetem-se sempre como farsa"
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