W. Somerset Maugham, in "The Moon and Sixpence"
Em época de amêndoas, balelas, lazer e a via dolorosa dos filhos da mãe no Iraque, o patriarca de Lisboa saiu-se com esta: "a crucificação é uma forma de vencer radicalmente o mal e exorcizar a morte, inserindo-a no dinamismo da vida e da esperança". Trocado por miúdos, o que é que isto significa? - a minha prima costuma dizer que "de esperança vive o homem até que morre"; e depois?, o que é que acontece?, provavelmente nada - por isso é que a malta radical tem preferencialmente vindo a optar por cremar as carcaças depois de usadas e inaptas para o serviço. Mas, para onde vão as cinzas, a "alma" e outras funções radioeléctricas, passados três dias?
o "mistério" persiste,
Nem Deus, nem a Mente, somente
o carvão, o ferro e o petróleo
A matéria real foi quem nos criou
deixando-nos servis e violentos
nos mesmos moldes desta sociedade horrível
para nos enterrarmos, pela humanidade
no nosso chão eterno
Depois dos sacerdotes, dos soldados e dos burgueses
finalmente convertemo-nos em fiéis
ouvidores das leis:
por isso o sentido de toda a obra humana
zomba em nós
como num violão
(no ano em que Hitler conquistou o poder na Alemanha)
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