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sexta-feira, maio 30, 2008

Boicotes e Lobies - a Shell-British Petroleum

a séde da multinacional em Haia ocupa um quarteirão inteiro,
movimenta muito mais valores, interesses e
número de funcionários que muitos Estados nacionais

O gigante grupo petrolífero anglo-holandês Shell-BP obteve em 2007 superlucros na ordem de 18,5 mil milhões de euros. Nunca antes uma empresa europeia tinha acumulado tantos lucros. A multinacional beneficiou da alta do preço do petróleo, que duplicou. Enquanto por aqui os consumidores se atarantam em redor do carnavalesca representação do gag da “especulação dos retalhistas” e da conversa fiada dos ministros (Luis Amado afirmou hoje que uma das causas do aumento*** é a situação no Médio Oriente e a luta contra o terrorismo) quem determina na realidade os preços, inventa inimigos a quem se pode culpar pelo estado das coisas e domina as estratégias nas economias ocidentais?

A chegada da Shell-BP a uma situação radiosa numa Europa em crise, passa-se um ano depois de 2006 quando reuniu em Otava no Canadá o Grupo Bilderberg que junta em conclave secreto em cada ano a nata da economia e da politica mundial: o vértice da administração Bush, a direcção da Reserva Federal Americana, do Crédito Suiço, e da Rothschild Europe, da Coca-Cola, Philips, Unilever, Time-Warner, AOL, Tyssen-Krupp, FIAT, generais da NATO, Henry Kissinger, altos quadros da ONU, Banco Mundial, União Europeia, uma chusma de vários ministros avulso de paises ocidentais e, centre-se a atenção pelo que está a acontecer agora: o poderoso Paolo Scaroni que gere o grupo petrolífero Shell, BP e ENI -

Tantas altas personalidades juntas, uma reunião tão importante e no final divulgaram um comunicado que cabe numa folha A4
– há dois anos os assuntos realçados recairam nos sectores básicos objecto de estudo e definição de acção para o futuro: a Energia à cabeça, Irão, Médio Oriente, Terrorismo, Imigração Rússia e Ásia, (*** hoje Luís Amado, certeiro como um fuzo “acertou” nos itens mais importantes)

Devido à gravidade da situação actual este ano tem sido particularmente difícil descobrir onde será o conclave Bilderberg, um autêntico super-governo mundial que actua na sombra. Mas graças à informação veiculada pela rede Tlaxcala parece certo que a reservadíssima reunião da élite económico-politica terá lugar de 5 a 8 de Junho no luxuoso hotel Westfields Marriott em Chantilly na Virgínia, pertíssimo de Washington D.C., a verdadeira sede do centro de decisão capitalista global. (Tanto assim que a maior petrolifera mundial, a americana Exxon-Mobil (detentora da marca ESSO que em 2006, teve lucros de 39,5 biliões de dólares, ultrapassando o seu próprio recorde mundial de 36,1 biliões em 2005) está acima da participação no Bilderberg, que é tutelada pela Comissão Trilateral.

A escandalosa obtenção de lucros nos sectores chave monopolistas de Estado, que depois são aplicados antidemocraticamente sabe deus onde, já subiu aos patamares acima dos consumidores, começando já a provocar a revolta dos pequenos accionistas que investiram na Shell e se recusam continuar a suportar os elevadissmos salários dos gestores nomeados para o grupo. Segundo o Financial Times está previsto para este ano que os executivos desta companhia recebam adicionalmente 1 milhão de euros só como incentivo para renovarem os seus contratos pessoais com a companhia.

Visto cá de casa, como é sabido, e vá-se lá a saber porquê, o dono do Expresso, (guess why?), Francisco Pinto Balsemão como convidado de referência faz o pleno desde há 30 anos (como membro do secretariado) nas reuniões Bilderberg. Em 2006 outros dois portugueses estiveram presentes a convite de Balsemão: o ministro Augusto Santos Silva e o qualquerCoisa Aguiar-Branco – deve-se a esta última obscura personagem o tiro de partida para a peixeirada em curso no PSD para a tentativa de renovação da direita portuguesa face ao esgotamento do assalto SS (socrático-“socialista”) aos direitos sociais adquiridos no país. Saiba-se quem são os dois convidados ao Bilderberg 2008 e estaremos em presença das personagens que irão influenciar decisivamente o país nos próximos anos. Entretanto, vai alto o alarido - façam boicotes aos pobretanas retalhistas das bombas de gasolina, ou à subserviente Galp,

constrangidos votem, votem e revotem, mas a decisão mais acertada e eficaz seria a dos "cidadãos-vítima", reduzidos a meros consumidores dependentes de organismos e concílios não democráticos, deixarem de ver de uma vez por todas os canais televisivos da SIC (iluminados por uma vez em simultâneo como os cegos do Saramago) e pour cause, abandonar em definitivo a leitura do Expresso, o pasquim do regime.

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