Passa hoje na história,
22 de Maio, o 3º aniversário do anúncio da decisão das "autoridades invasoras norte americanas"
concentrarem as tropas em quartéis de carácter permanente. Primeiro anunciaram
4 mega-bases, fundamentando a decisão numa estratégia de enfrentarem uma guerra prolongada, mas
na realidade foram construídas 14 Bases com carácter definitivo, além da
mastodôntica embaixada em Bagdade - embora Washington continue a recusar admitir que as bases são permanentes e os cínicos
três estarolas que concorrem à presidência continuem a falar em prazos de retirada de tropas - os biliões de dólares investidos nestes projectos desmentem-nos por si na intenção de declarar o Estado Iraquiano como uma mera aglomeração de consumidores de bombas de exportação e produtos afins (tais como
chorudos investimentos fraudulentos)

Mas de facto a melhor "
comemoração da liberdade" trazida à nova democracia foram os festejos
do exército americano quando resolveram bombardear um hospital na cidade de Hilla. Não há razão para preocupações - no
novo código legislativo da Babilónia a justiça impera - então para ressarcir os prejuizos causados pelo bombardeamento por engano a tesouraria yankee (money is no problem) dispôs-se a desembolsar 6.500 dólares a título de reparação.
O "chairman" da Comissão de Saúde e Desenvolvimento para o Iraque, Mostafa al-Hiti, achou pouco, queixando-se que a verba eram amendoins insuficientes para cobrir a reparação das instalações. Mas pior parecem estar as vítimas atingidas pelo “
misfire”, a quem foram dados (e se continua dar)
100 dólares por cada família que tenha feridos ou mortos nos azarentos danos colaterais causados. (
fonte)

Porém nem tudo nesta história terá de ser necessariamente triste. A partir de agora as vítimas já têm onde gastar o dinheiro ganho com os bombardeamentos - um grupo de empresários anunciou em Abril a intenção de
construir uma Disneylândia em Bagdade - Um negócio bom para o José Lamego montar lá uma barraquinha...
adenda:
a refutação que a "embaixada do iraque" (que não do povo iraquiano) em Lisboa faz das decisões condenatórias do
Tribunal Mundial do Iraque é deveras patusca: "a expansão do fenómeno do terrorismo através de grupos de terroristas denegriram a imagem de soberania do Iraque" - humm!, estará sua excelência a referir-se aos grupos de intervenção armada das forças de ocupação?
(
para ler aqui)
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