Pesquisar neste blogue

quinta-feira, maio 22, 2008

efeméride

Passa hoje na história, 22 de Maio, o 3º aniversário do anúncio da decisão das "autoridades invasoras norte americanas" concentrarem as tropas em quartéis de carácter permanente. Primeiro anunciaram 4 mega-bases, fundamentando a decisão numa estratégia de enfrentarem uma guerra prolongada, mas na realidade foram construídas 14 Bases com carácter definitivo, além da mastodôntica embaixada em Bagdade - embora Washington continue a recusar admitir que as bases são permanentes e os cínicos três estarolas que concorrem à presidência continuem a falar em prazos de retirada de tropas - os biliões de dólares investidos nestes projectos desmentem-nos por si na intenção de declarar o Estado Iraquiano como uma mera aglomeração de consumidores de bombas de exportação e produtos afins (tais como chorudos investimentos fraudulentos)

Mas de facto a melhor "comemoração da liberdade" trazida à nova democracia foram os festejos do exército americano quando resolveram bombardear um hospital na cidade de Hilla. Não há razão para preocupações - no novo código legislativo da Babilónia a justiça impera - então para ressarcir os prejuizos causados pelo bombardeamento por engano a tesouraria yankee (money is no problem) dispôs-se a desembolsar 6.500 dólares a título de reparação.
O "chairman" da Comissão de Saúde e Desenvolvimento para o Iraque, Mostafa al-Hiti, achou pouco, queixando-se que a verba eram amendoins insuficientes para cobrir a reparação das instalações. Mas pior parecem estar as vítimas atingidas pelo “misfire”, a quem foram dados (e se continua dar) 100 dólares por cada família que tenha feridos ou mortos nos azarentos danos colaterais causados. (fonte)

Porém nem tudo nesta história terá de ser necessariamente triste. A partir de agora as vítimas já têm onde gastar o dinheiro ganho com os bombardeamentos - um grupo de empresários anunciou em Abril a intenção de construir uma Disneylândia em Bagdade - Um negócio bom para o José Lamego montar lá uma barraquinha...

adenda:
a refutação que a "embaixada do iraque" (que não do povo iraquiano) em Lisboa faz das decisões condenatórias do Tribunal Mundial do Iraque é deveras patusca: "a expansão do fenómeno do terrorismo através de grupos de terroristas denegriram a imagem de soberania do Iraque" - humm!, estará sua excelência a referir-se aos grupos de intervenção armada das forças de ocupação?
(para ler aqui)

Sem comentários: