Cenouras de incentivo ao voto alienado: as famílias das classes médias nos EUA ganharão nos seus salários mais 13 mil dólares nos próximos oito anos se Obama ganhar as eleições, por contraste com os parcos 5 mil caso fosse McCain a ganhar, segundo um estudo económico publicado na Alternet.
Ora isto, a vitória de Obama, num país já de si de longe com o mais alto rendimento per capita do mundo, resultará em que quanto mais ganharem os norte americanos pior será para o resto do mundo.
Com a séde do Império em fase de liquidação acelerada – nos empregos, nos 40% dos valores accionistas em bolsa que, por enquanto, já foram à vida (cerca de 3 triliões de dólares), nos produtos industriais e da agricultura intensiva que não encontram consumidores, etc. a economia norte americana terá de ir para a mesa de operações com urgência antes que chegue já cadáver: mas onde vão eles cortar? – como sempre, parece-nos evidente: os cirurgiões económicos vão operar a malta que não tem nada a ver com a doença dos ricos (o défice fiscal de 2008 nos EUA será de 438 biliões, por contraste com o valor mais alto de sempre gasto em despesas militares - 635 biliões que são apenas 4% do PIB - quando Eisenhower durante a 2ªGrandeGuerra dispendeu 9% do produto interno bruto. Que aconteceu? Houve uma “exportação” dos custos bélicos para os “aliados”, os paises tributários do Império)
Assim acontece também com “A Crise”: as taxas de queda não não iguais em todo o lado – veja-se como os povos governados por lacaios “se safam pior” – é aviltante como o desplante dos biltres atingiu o cume da indecência: Berlusconi na magna na reunião de gala em Washington para salvar a economia global brindou ao Bush: “estou cem por cento certo que seremos amigos para sempre”. Ora na Europa, a Itália é o país desenvolvido que mais sai prejudicado com a queda dos mercados: 53% contra uma quebra dos Estados Unidos de apenas 33%.
O crash financeiro acompanha a mesma lógica – as Bolsas não caem todas por igual ou aleatoriamente por não se saber ao certo qual a quantidade de papel-lixo introduzido no sistema da economia real – há uma direcção induzida para a quebra se verificar primeiro e de forma mais agravada nos "paises" (leia-se classes sociais) de economias mais frágeis, dependentes e pobres.
Ao contrário, as taxas de juro funcionam para capitalizar mais nos paises periféricos, de modo a encaminhar os lucros obtidos para o centro do Império onde o crédito é mais barato para resistir melhor ao agravamento de vida de populações habituadas a uma feliz abastança.
Quer dizer que, no presente paradigma, os diferentes proletariados nos diferentes paises aos mais diversos niveis de remunerações estão apenas divididos por uma linha artificial que são as linhas fronteiriças. A noção actual de Estado apenas já é válida para burguesia transnacional decidir onde e quando as polícias de choque vão distribuir as cargas de porrada sobre a malta que refila
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Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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terça-feira, outubro 21, 2008
contribuição para o estudo do Partido Capitalista Globalizado
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