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quarta-feira, outubro 22, 2008

a malta do Bush McCain

nota prévia - para ver no DocLisboa2008 - o que eles querem: complicar e burocratizar para excluir poupando custos:
"a senhora parece-me doente, procura uma clínica? Não!; porque não?, porque não tenho dinheiro; é pena, porque se tivesse seguro estava safa"
"Welfare" de Frederick Wiseman (EUA, 1975). "Wiseman dá-nos a conhecer o dia-a-dia de um grande centro social norte-americano. A complexa natureza do sistema de segurança social é-nos apresentada através dos casos pessoais dos utentes que buscam assistência: alojamento, desemprego, divórcios, problemas de saúde, crianças abandonadas ou vítimas de abusos, terceira idade. Os funcionários da segurança social, bem como os seus utentes, lutam para que o sistema funcione ao mesmo tempo que tentam perceber as leis e regulamentos que governam o seu trabalho e as suas vidas". Agora nós:

Em finais de 2007 a carteira de fundos da Segurança Social investidos em Bolsa valia 7560 milhões de euros. Até aqui aparentemente a bolha deu algum lucro (mas não deve ter dado para cobrir a inflação). Pudera que a bolha fosse mais que eterna e pudesse durar para sempre. Mas no final do Verão de 2008 foi avaliada em 8257 milhões, isto é, em menos cerca de 200 milhões que em Julho quando valia 8.460. Elementar meu caro Fernandes: segundo o Público, uma vez que a tutela se mantêm muda e queda sobre a depreciação, a causa fica a dever-se à crise e ao facto de o governo de Sócrates não se ter percatado atempadamente contra ela.













Já estamos como diz o Mourinho: "com o agravamento da crise, o que esta malta dos tablóides quer é vender papel". Podiam ter investigado, concluído e escarrapachado em 1ª página: a peregrina ideia de jogar os fundos da Segurança Social no casino capitalista da Bolsa foi decidida e passada a lei pelo governo de Durão Barroso (hoje investido na função de próconsul bushista para a Europa), mais concretamente, redigida pelo amanuense Bagão Félix, sendo ministra das finanças Ferreira Leite. Afinal as rábulas sobre a insustentabilidade do sistema da Segurança Social que nos andaram a contar durante anos foi mais um embuste ao mesmo estilo das aldrabices compulsivas do Império do Bush. Jogaram e perderam e agora os utentes que vão roendo a fava dos cortes nos ex-direitos adquiridos.

Sempre homenageando tempos gloriosos e essas honoráveis conquistas virtuais em detrimento dos malandros do actual governo, agora quando o sistema se desfaz de vez e se começam a tomar medidas de contenção, o jornal da Sonae aproveita, e uma década depois vem dar uma perninha na promoção dos Fundos Privados aos quais o Estado, por via da ajuda e garantias dadas aos bancos estão a salvar da falência; Promovem-se os Privados, quando por todo o lado se estão a nacionalizá-los ou a acabar com eles; vejam lá: os PPR,s só rendem 0,32 contra 5,49 dos do BCP ou os 11,91 do Barclays. Qual é melhor? 11 por cento de capitalização sobre nada? ou 0,32% sobre um valor seguro, ainda que mais pequeno?

A velha dupla João Miranda-Daniel Oliveira discorda (como sempre e em tudo, ou não fossem eles as duas faces da mesma moeda capitalista de mercado) sobre a forma como os valores têm de ser investidos, ou dito numa perspectiva (neo) liberal: de como devem obrigatoriamente capitalizar para evitar a estagnação e a ruína (segundo o conceito imperialista global) mas o caminho é outro:
"o Decrescimento e o Dinheiro Alternativo como forma de Sustentabilidade das Economias Locais"
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