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quinta-feira, outubro 23, 2008

Doc Lisboa 2008 (VI) - sobre a Educação

"High School" de Frederick Wiseman, EUA, (1968)

"Filmado num dos maiores liceus de Filadélfia, High School capta o sistema escolar norte-americano não apenas como uma instituição onde se transmite o saber, mas onde se moldam valores sociais de uma geração para outra. A dada altura, observamos um docente a repreender um dos alunos: “Nós estamos aqui para garantir que te tornas num homem e que sabes receber ordens

"High School II" (1994)

"25 anos depois, Frederick Wiseman regressa ao mundo do liceu e observa as diferenças. High School II é um filme sobre um estabelecimento alternativo de sucesso (privado, claro) no Harlem hispânico de Nova Iorque, onde 85 a 90 por cento dos finalistas consegue ingressar na universidade. O filme ilustra o empenho deste estabelecimento no programa “Hábitos da Mente” e a sua peculiar abordagem ao ensino que inclui reuniões com familiares, debates sobre raça, classe e género, encontros entre os docentes, educação sexual, gestão de conflitos pelos alunos e concelhos de estudantes" significa que, a submissão é agora programada por ti mesmo atendendo ao controlo biopolítico efectuado pela inculcação dos teus próprios "hábitos mentais" para submissão às ordens.

"Low School" (2008) Lisboa, reality show em tempo útil, quarta feira de manhã na 5 de Outubro em frente ao Ministério da Educação: É indigna e vergonhosa a forma como se "entaipam" de forma pidesca os nossos jovens que se pretendem manifestar contra a violência institucional autocraticamente decretada pelos gestores do poder

enfim, talvez num futuro não muito distante,
a bófia e os tratadores que os treinam se lixem, suas bestas (*)

talvez não estejamos tão distantes assim dos grandes princípios seguidos por aqueles que se sacrificaram pelo nosso futuro: a lição legada que devemos seguir livremente os três princípios fundamentais dos revolucionários: o Estudo, o Trabalho e o Fusil! - como no príncipio de Arquimedes, as razões reactivas do apelo à destruição de um sistema violentamente destrutivo por iguais meios são conhecidas:



(*) sobre as Bestas, particular atenção ao discurso do Che (intemporal e mais actual que nunca) entre o minuto 3,22 e 4,25:
"isto demonstra-nos duas coisas, primeira, a bestialidade do imperialismo!, que não tem uma fronteira determinada nem é património de um determinado país. Bestas foram as hordas hitlerianas, como bestas são hoje as americanas (...) porque a natureza do imperialismo é a de tornar os homens bestas, convertendo-os em feras sedentas de sangue, que estão dispostas a degolar, a assassinar, a destruir até à última a imagem de um revolucionário que caia nas suas garras ou que lute pela liberdade"
.

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