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Na Venezuela Chávez riposta: ““Devemos apurar responsabilidades pelos danos causados a milhões de pessoas em todo o mundo pelo desmoronamento do sistema neoliberal” – e a televisão de serviço público RVTV (com a mesma competência com que a RTP transmite desafios de futebol) explica como na verdade o problema se iniciou:
Mas a crise não é apenas o episódio dos “subprimes norte americanos” nem se origina na falta de regulamentação; a culpa é integralmente do sistema do badalo que o Cavaco tocou: começou na bolha imobiliária mas a grande questão é a subsquente especulação com os pacotes desses fundos a partir de Wall Street que irradiaram a todo o sistema financeiro global multiplicando-lhes o valor em quantias astronómicas que ninguém sabe actualmente contabilizar:
Como ali atrás se falou na RTP, e porque muda e queda dali não sai nada, recorramos então a um spot da CNN em espanhol (no vídeo abaixo) e veja-se o que as ninhadas de comentadores residentes, analistas e outros papagaios pagos à linha dizem: “não deve haver pânico, há que manter a calma, este não é um tempo terrivelmente mau, trata-se de uma pequena assincronia entre a Finança e a Política, a crise não se vai estender à rua, é preciso manter a calma, etc. etc.”
Infelizmente este é apenas o princípio da crise e da derrocada - depois do gag televisivo, Eric Toussaint, responsável pelo Comité de Anulação da Divida do 3º Mundo, fala na TeleSur sobre a Crise Financeira e sobre a resistência dos Executivos que pretendem reanimar o cadáver – como diria a Odete Santos: “que diacho, o sistema Capitalista está podre, mas não cairá só por si; precisamos de fazer um bocadinho de força para que isso aconteça”
Compreende-se que os nossos velhos e decrépitos liberais abominem Hugo Chávez: o seu governo explica tudo às pessoas: “é como se um elefante estivesse dentro de uma piscina, ninguém que esteja lá dentro escapará incólume à turbulência”; enquanto os governos neoliberais apelam à inacção dos cidadãos, ele toma medidas para enfrentar a crise: o novo Banco do Sul arrancará já em Dezembro, substituindo os investimentos através do Banco Mundial, instituição que mais não é que uma correia de transmissão dos interesses imperialistas dos EUA na área dos negócios. O novo banco regional integrará a Venezuela, o Brasil, Equador e Bolívia, estendendo-se brevemente as conversações para adesão à Argentina, Uruguai e Paraguai.
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