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quinta-feira, outubro 30, 2008

há mais vida para além de McCain e Obama?

¿Que acções “incrivelmente duras” (um silogismo do modo "democrático" para Shock&Awe?) de política externa prepara Obama? (WSWS via Rebelion)
Joe Biden comparando Obama a John F. Kennedy: "Não tardará seis meses antes que o mundo ponha à prova Barack Obama como fez com John Kennedy" disse Biden.

“O mundo está à espera. Estamos prestes a eleger presidente um brilhante senador de 47 anos. Cuidado. Vamos ter uma crise internacional, uma crise provocada, para provar as capacidades e a têmpera desta pessoa” - Biden mencionou o Próximo Oriente, o Afeganistão, Paquistão, Coreia do Norte e a Rússia como possíveis pontos de conflito, porém não deixou claro a natureza exacta de tais crises, limitando-se a avisar: “Pode haver pelo menos quatro ou cinco cenários nos quais se podiam originar" e assegurou que Obama reagiria enérgicamente: "Vão tratar de o pôr à prova. E vão descobrir que este tipo tem uma espinha dorsal feita de aço"

"The War Room"
de Chris Hegedus e D. A. Pennebaker, EUA, 1993
- exibido no Doc Lisboa 2008

1992 - no Posto de Comando, "a sala de guerra", um mundo habitualmente vedado aos olhares comuns, James Carville e George Stephanopoulos os estrategas da campanha preparam a eleição de Bill Clinton; o grego é o autor dos célebres slogans que lhe valeram a vitória: “É a Economia Estúpido” e "leiam os meus lábios: não haverá mais impostos!", criticando a ausência de respostas da administração George Herbert Bush no campo económico; eles redigem os discursos da candidato, comandam centenas de colaboradores e assessores de imagem que controlam em proximidade todo o território nacional, que por sua vez controlam outras centenas de pessoas e agências de comunicação influentes localmente, exploram a difusão das gafes dos adversários nos media, lançam acções de spin junto dos financiadores por forma a manejar com âxito verbas milionárias, lançam propaganda subliminar nos jornais e televisões. É uma máquina gigantesca que vale o eufórico desabafo final de Carville: “este é acto de masturbação colectiva mais caro do planeta terra”. Estes profissionais altamente especializados em marketing político contratados para as campanhas cumprem afinal uma encomenda.

Quem encomenda é quem paga as contas, mas os mandantes que controlam os grandes negócios de Estado permanecem na obscuridade. Pouco espaço é deixado ao candidato-presidente, este raramente é visto neste retrato exclusivo sobre os corredores da política e os seus jogos de poder; a Clinton pouco mais lhe é exigido que a pose como figurino com aptidões para exorcizar discursos em público e que tenha carisma suficiente para entusiasmar as audiências. Também essas habilidades foram trabalhadas previamente pelo staff, ensaiadas e treinadas frente às câmaras.

2008 – Quartel General de McCain; Ed Rollins o estratego republicano ligado às vitórias de Ronald Reagan antecipa que a opinião prevalecente é a de que a corrida está perdida: “a eleição está mais que decidida, vai ser uma avalanche”. Rollins sabe do que fala; afinal Reagan era um manhoso ex-actor de filmes série B na pré reforma como relações públicas na multinacional General Electric – depois de um discurso inaugural de 4626 palavras estava lançada a política que ficou conhecida como “Reaganomics”. Pode-se imaginar que este salto na desregulamentação global, o desmantelamento do new deal e a livre circulação de capitais foi decidida por uma parda figura de hollywood? – certo é que a GE, depois de deslocalizar praticamente toda a produção, integra hoje, longe da “crise” um dos grupos de topo do universo financeiro judaico.

David Frum, que redigia os discursos de George Herbert Bush observa que “há muitas maneiras de perder uma eleição presidencial” e acrescentava ontem que McCain está a perder a actual de uma maneira que “ameaça afundar de vez o Partido Republicano com ele... podiam-se empilhar os números das sondagens, mas francamente... é dmasiado deprimente”. Nas eleições para o senado e para a Câmara de Representantes, que se realizam no mesmo dia o cenário é ainda pior: os “democratas” prevêm obter a maioria absoluta (de 256 assentos para um total de 435, ou seja, 59%).
O discurso de McCain na NBC, contratado para exercer esse mesmo diferente papel, condiz: “o entusiasmo que se vê em torno da nossa campanha está ao mais alto nível de sempre. Somos muito competitivos e estou muito feliz com o que somos
Razão tem uma participante de uma destas manhãs no Forum TSF: “Imaginem uma tempestade que tenha trazido uma grande enxurrada de lama pela casa adentro. É preciso chamar alguém, geralmente uma equipa de trabalhadores menos qualificados, para que cumpra a urgente tarefa de limpar a casa. Será esse o trabalho encomendado ao preto Barack Obama, que é um mero "constructo". e Cumpridor com a função para que foi designado, já avisou: "Temos uma grave crise para resolver e duas guerras para ganhar"
Indecisão?
Depois de ler o que atrás ficou dito, tente adivinhar quem escreveu um discurso tão certinho e encenou a pose estatal de Obama, dirigida directamente ao coração das massas estúpidas, na meia hora de publicidade paga de ontem na televisão (26 milhões!). o Cinismo em estado puro, pura conversa da treta para deitar pró lixo a partir da próxima semana,,,

Ver video de propaganda eleitoral de Obama aqui (27min,10seg.)

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