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sexta-feira, janeiro 08, 2010

ano novo, vida velha (II)



















(Depois da tentativa de atentado no voo Delta Northwest 253) “não é exagerado dizer que o mundo escapou a um desastre” (Guusje Ter Horst, ministra do Interior holandesa em entrevista ao Wall Street Journal. (where else?) - o “falhado atentado” que visaria provocar o pânico em Detroit pretendeu tão só, com grande economia de meios, reavivar a memória dos atentados de Londres e Madrid, já que a fraude primordial do 11 de Setembro passou em definitivo à mitologia a-histórica.

O efeito Gatilho

A partir que os Media assumem o relatado e começam a matraquear balas noticiosas, as multidões só têm que acreditar e assumir o Medo. Passe o reparo de Dick Cheney a Obama no day after, “lembrem-se que estamos em guerra”, as medidas subsquentes são a partir daqui baseadas no Medo e não em factos. O nosso general delegado para a Imprensa, J. Loureiro dos Santos assumiu de imediato o perigo nestes termos: “Embora os serviços de informações dispussessem de noticias sobre a existência de um plano de ataque a um avião de passageiros (…)Abdulmutallab conseguiu embarcar pronto a fazer explodir o avião perto de Detroit (sic)
(Não seria preciso destruir a cidade meu ex-general porque a crise capitalista e a recessão associada, primeiro à indústria e depois à falência do imobiliário, já há muito que destruíram Detroit: 300 milhões de défice apenas nessa urbe e ainda só agora começou)

o medo vai ser tudo / …e cada um por seu caminho
havemos de chegar / quase todos / … a ratos
(Alexandre O`Neill)

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Mais à frente, pelo meio da página escrita para preencher a encomenda semanal, o nosso ex-general toca no aspecto essencial da questão: “os EUA nunca deram grande importância a esta região (Yémen), limitando-se a apoiar o governo com alguns milhões de dólares e levando a efeito acções de vigilância marítima ao longo da sua costa, em que utilizam aviões não tripulados para visar objectivos seleccionados e abater alguns dos mais destacados lideres alqaedistas regionais…” (sic) - Eis o busílis: (passe a metodologia cobarde e indigna do novo militarismo informatizado) o combate da Aliança do Atlântico Norte pelo controlo judeu-Sionista do resto do mundo é uma guerra Justa?

Lateralmente a “ética da guerra” (Michael Walzer) que põe a guerra a debate, equacionando a violência organizada frente à politica pacifica, a conclusão falhada da “teoria da guerra justa” remete para a famosa lei “inter armi silente leges” (em tempo de guerra calam-se as leis) desembocando, via Bush/Cheney, na “obra literáriado actual 1º ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, redigida no já longínquo ano de 1986 (quando ainda nem havia “al-qaeda"): Terrorism: How the West Can Winyes we can: até o slogan de Obama parece ter sido decalcado daqui.
Na sugestiva lição deste famoso expert em terrorismo, fica todo um programa politico de longo prazo, que a história se tem encarregado de converter em verdade oficial.

Para o sionismo norte-americano as boas politicas são as graduais, aplicáveis pela doutrina do keynesianismo militar, que precisam de ser desmascaradas de forma radical, sem quaisquer ilusões reformistas.

A mitologia que vai sendo inscrita na maquinaria popular fica seguramente a pairar no limbo macro-histórico. Mas cá em baixo existem vítimas, pessoas concretas. E para descrever as suas odisseias individuais, como diria certo autor, apenas nos resta o recurso à literatura. Pela parte que nos toca, sugere-se um romance sobre as agruras da Cinha Jardim e da cadela Juanita, ambas apanhadas em New York tendo como pano de fundo o incómodo das novas regras nos aeroportos. Bem gira e inspiradora esta fonte, o 24 Horas
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