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domingo, janeiro 17, 2010

o crime do século

a Farsa, ou a cultura da irresponsabilidade

José Almeida, em carta ao jornal Público

“Todos nós temos a consciência de que em Portugal tudo pode acontecer… mas será possível? Será possível que Vítor Constâncio seja elevado à categoria de vice- presidente do BCE sem que aparentemente se levante nenhuma voz contra? Será o reconhecimento do seu mérito? Mérito que decorre de ser o presidente da instituição que, como responsável pela supervisão do sistema bancário em Portugal deixou que acontecesse o que sabemos no BPP e no BPN? Retiro do site do BdP: “O Banco de Portugal exerce a função de supervisão – prudencial e comportamental – das instituições de crédito e das sociedades financeiras, tendo em vista assegurar a estabilidade, eficiência e solidez do sistema financeiro, o cumprimento de regras de conduta e de prestação de informação aos clientes bancários, bem como garantir a segurança dos depósitos e dos depositantes e a protecção dos interesses dos clientes”
O que sentirão os clientes destas instituições, nomeadamente os que não têm acesso aos seus depósitos, entretanto congelados, sobre tudo isso? Como é possível tamanho desplante? Será que um de nós, no âmbito das funções que ocupa, alguma vez seria tratado deste modo? Imaginem-se como supervisores de algo. Imaginem que a vossa supervisão falha. Estamos todos a ver o que acontece a seguir: promoção.
Desgraçado país este: é por isso que cada vez mais jovens fogem deste canto. Jovens de elevado potencial mas que consideram insuportável a ideia de viver num país em que a Justiça não funciona, em que o ensino promove o facilitismo, um país que deve mais do que produz e que se endivida a um ritmo insuportável.
Não quero acreditar que se cumpra tal profecia. A nomeação de Vítor Constâncio como vice- presidente do BCE será uma aberração na qual são coniventes o Governo, o Presidente da República e todo o espectro partidário, incapazes de denunciar tal escândalo. São situações destas que minam de vez a confiança dos portugueses nos políticos” (JÁ, Santiago do Cacém)

Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado...

(video relembrado bem a propósito pelo Jornal Privado)

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