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terça-feira, janeiro 19, 2010

para a História do Holocausto Haitiano

"No final de 1803, para espanto universal dos observadores da época, os exércitos liderados por Toussaint L’Ouverture e Dessalines romperam a corrente da escravidão colonial “naquele que fora, em 1789, seu elo mais forte” . Rebatizado de Haiti, o novo país comemorou sua independência em janeiro de 1804 (...)na história moderna houve poucos acontecimentos cujas consequências fossem mais ameaçadoras para a ordem dominante: a mera existência do Haiti independente era uma advertência às nações da Europa que comerciavam escravos, um exemplo perigoso para os Estados Unidos escravistas e uma inspiração para sucessivos movimentos de libertação africanos e latino-americanos" (Opção Zero no Haiti, Peter Hallward, via 5Dias)

a ajuda made in USA: forças militares antes de água para beber

"Gates wouldn’t send in food and water because, he said, there was no “structure … to provide security.” For Gates, appointed by Bush and allowed to hang around by Obama, it’s security first. That was his lesson from Hurricane Katrina. Blackwater before drinking water"

"Send in the Marines. That’s America’s response. That’s what we’re good at. The aircraft carrier USS Carl Vinson finally showed up after three days. With what? It was dramatically deployed — without any emergency relief supplies. It has sidewinder missiles and 19 helicopters"

China deployed rescuers with sniffer dogs within 48 hours. China, Mr. President. China: 8,000 miles distant. Miami: 700 miles close. US bases in Puerto Rico: right there.



Face à falência do sistema capitalista global (anunciada em 2001 pelo 11 de Setembro) o novo sistema de ordem mundial (N.W.O. imaginado por instituições que não são visíveis para o grande público, e cujas directivas se iniciaram com H.Bush levando à prática a globalização da CIA) é um sistema orwelliano em que o imperialismo de raiz americana está a criar propositadamente uma crise permanente cuja gestão é deliberadamente desenhada para falhara nova Ordem surgirá do caos.

Os personagens nesta fotografia poderiam bem ser dos
confrontos pela sobrevivência no Haiti. Não são, estes
são emigrantes que se procuram defender dos ataques
das milícias civis populares incentivadas pelo governo
de Berlusconi, quando criaram os recentes tumultos na
Calábria, no sul de Itália, em plena Europa

Em reuniões como a do G8-Alargado-a-G20 (Pittsburgh Setembro 2009) tudo se passa nos bastidores, por detrás das cortinas mediáticas. Ali se ouviu Obama usar novamente a expressão “New World Order”, o que significa que tem vindo a trabalhar nela de há muito. Com o esbatimento das fronteiras nacionais, na medida em que a recessão se agrava, as populações são abandonadas à sua sorte, porque o sistema que os governos continuam a propor (despejar mais e mais dinheiro nos bancos) não pode funcionar (mesmo regulamentado também não funcionou no capitalismo de Estado na União Soviética). Assim, face ao colapso económico, ou à desordem face à inoperância do Estado, serão as próprias populações que virão implorar ajuda àqueles que as exploraram, exploram e cada vez mais as escravizarão. O modelo é reconhecível e cumpre a equação “problema-reacção-solução” (PRS). Abre e fecha ciclos, provocados ou não, como este:

Problema: Colapso Económico
Reacção: o povo grita por ajuda
Solução: distribuir esmolas e implantar um Estado policial Fascista

ou noutras situações de guerra ou catástrofe cada vez mais frequentes:

Problema: ultraviolência e anarquia
Reacção: o povo grita por ajuda
Solução: implantação de um novo regime e novas politicas de bem estar mínimo para o futuro. O que significa aceitar incondicionalmente a criação de novas instituições que aprofundem as que foram criadas após a 2ª Grande Guerra: as Nações Unidas com poder executivo global, o Pentágono sem condicionamentos de fronteiras, o FMI como Banco Central mundial, a aplicação do “Mental Health Act” e o internamento compulsivo dos dissidentes que se recusarem a reconhecer a gravidade das situações de tragédia social

6 comentários:

estouxim disse...

Essa história dos "confrontos pela sobrevivência", das "pilhagens", da "insegurança", está a ser deliberadamente empolada para justificar a nova invasão militar do Haiti actualmente em curso a coberto da catástrofe.
Da mesma forma, as notícias sobre a situação no aeroporto foram a justificação para a ocupação deste pelos militares dos EUA.
Tudo o que se está a propagar sobre o Haiti deve ser analizado críticamente.
Havia eleições legislativas marcadas para Fevereiro, as presidenciais para o fim do ano. O partido de Aristide foi impedido de participar nas legislativas e Aristide continua impedido de regressar ao país.
As Honduras marcaram o primeiro sucesso depois de uma série de falhanços. A última coisa que os Yankees querem é mais uma adesão à ALBA. Acho que é neste contexto que se deve olhar esta acção dos EUA.

SisinWah disse...

"After a dramatic slave uprising that shook the western world, and 12 years of war, Haiti finally defeated Napoleon’s forces in 1804 and declared independence. But France demanded reparations: 150m francs, in gold.
For Haiti, this debt did not signify the beginning of freedom, but the end of hope. Even after it was reduced to 60m francs in the 1830s, it was still far more than the war-ravaged country could afford. Haiti was the only country in which the ex-slaves themselves were expected to pay a foreign government for their liberty. By 1900, it was spending 80% of its national budget on repayments. In order to manage the original reparations, further loans were taken out — mostly from the United States, Germany and France. Instead of developing its potential, this deformed state produced a parade of nefarious leaders, most of whom gave up the insurmountable task of trying to fix the country and looted it instead."

Haiti: the land where children eat mud, By Alex von Tunzelmann, May 17, 2009.
http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/us_and_americas/article6281614.ece

SisinWah disse...

http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/us_and_americas/article6281614.ece

SisinWah disse...

Vi agora um video do Larouche no seu post. Larouche é um neo-fascista, tem um partido quase culto, ex-marxista.

xatoo disse...

SisinWah
Essa coisa de rótulos postos em pessoas pelas mais variadas razões, a mim não me dizem nada. Ora leia lá com atenção a biografia polica do LaRouche e tenha sempre presente que estamos num meio hostil como os EUA
http://en.wikipedia.org/wiki/Lyndon_LaRouche

estouxim disse...

Uns gajos que compreendem a importância da "good press":

"The painful truth: disaster Haiti - good for the Jews"

http://translate.google.pt/translate?hl=pt-PT&sl=iw&tl=en&u=http%3A%2F%2Fwww.nrg.co.il%2Fonline%2F1%2FART2%2F043%2F715.html

Nada como um bom holocausto para sacar umas vantagens...