
"Um marxista italiano,
Antonio Gramsci, foi o primeiro a compreender que o Estado não está confinado a uma estrutura política. De facto, estabeleceu que o aparelho político funciona paralelamente a uma chamada estrutura civil. Por outras palavras,
cada estrutura política é reforçada por um consenso civil, o apoio psicológico das massas. Esse apoio psicológico expressa-se através de um consenso ao nível da cultura, da visão do mundo e do ethos. De forma a existir de todo,
o poder político encontra-se, portanto, dependente de um poder cultural difundido no interior das massas. Com base nesta análise, Gramsci compreendeu porque razão os Marxistas não conseguiam tomar o poder em democracias burguesas:
não tinham o poder cultural. Para ser preciso, é impossível derrubar uma estrutura política sem antes ter tomado o controlo do poder cultural.
O parecer favorável do povo tem que ser conquistado primeiro: as suas ideias, ethos, formas de pensar, sistema de valores, arte, educação, têm que ser trabalhadas e modificadas. Apenas quando as pessoas sentem a necessidade de uma mudança como algo auto-evidente é que o poder
político existente, agora separado do consenso geral, começa a desmoronar-se e a ser derrubado - a MetaPolítica pode ser vista como a guerra revolucionária travada ao nível das visões do mundo, dos modos de pensar e da cultura."
(
Pierre Krebs in "Die Europäische Wiedergeburt", 1982)
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2 comentários:
O dr Alegre
só me alegra na poesia
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