“As pessoas que falam de inflacionar gradualmente… poderiam do mesmo modo falar de disparar uma arma gradualmente... A moeda não pode retomar a sua função numa atmosfera caracterizada pela ameaça de destruir o seu valor” (Bernard Baruch 1870-1965, judeu-alemão especulador em Wall Street e conselheiro económico de Franklin Delano Roosevelt)



30 mil milhões de dólares de depósitos deixaram de poder ser utilizados com a subida de Franklin Delano Roosevelt a presidente a 6 de Março de 1933. A ordem de fecho dos bancos foi fundamentada com a lei “Trading With the Enemy” que proibia transações com os paises inimigos durante a 1ª grande guerra, embora agora os EUA não estivessem em guerra declarada com ninguém. Hitler tinha subido ao poder na Alemanha uns escassos dois meses antes. Em 1933 nos EUA faliram 4.004 bancos ou foram considerados sem condições de reabertura depois do Bank Holiday (um periodo de férias bancárias obrigatórias decretado pelo governo). Em 1934 as bancarrotas diminuiram para 62. A anarquia da actividade bancária foi eliminada pela reforma do FED com a legislação aprovada em 1933, 1934 e 1935, nomeadamente através da lei proposta por Henry B. Seagall e da criação da Federal Deposit Insurance Corporation que tratou de prover um seguro obrigatório para todos os depósitos. Em paralelo o investimento governamental na politica do New Deal (as grandes obras) relançava a economia (2)
Na Alemanha, Konstantin von Neurath falou da valentia de Roosevelt e o ministro das finanças Hjalmar Schaacht (3) disse ao jornal “Volkische Beobachter”, o porta-voz do nacional socialismo, que Roosevelt adoptara a filosofia de Hitler e Mussolini. Escrevendo no Daily Mail, John Maynard Keynes saudou Roosevelt entusiasticamente num artigo que viria a ser citado muitas vezes nos anos que se seguiram, cujo título era “O Presidente Roosevelt está magnificamente correcto”

Os nazis foram... mais eficazes na resolução dos problemas económicos dos anos 30 [do que os Estados Unidos]. Reduziram o desemprego e estimularam a produção industrial mais depressa que os norte americanos e, considerando os recursos de que dispunham, enfrentaram os seus problemas monetários e comerciais com maior êxito e certamente de uma forma mais imaginativa. (5) Isto deveu-se ao facto de os Nazis recorrerem em maior escala ao financiamento de uma situação deficitária... Em 1936 a depressão terminara praticamente na Alemanha, ao passo que ainda estava muito longe de acabar nos Estados Unidos. "O relançamento da economia pelo investimento do Estado nas grande obras públicas" advogado por Keynes viria depois...

«(…) o jornal trazia o anúncio da guerra. E diz a minha tia: - Por que é que não aproveitas o emprego? A guerra é uma coisa muito boa, porque a gente mata, mata, mata, e nunca vai presa!!!...» (vídeo por cortesia do Pimenta Negra)
notas
(1) Citado por John Kenneth Galbraith, in “Moeda, Das suas Origens à Economia Contemporânea”, Edit. Presença, 1975
(2) Arthur M. Schlesinger Jr. “The Coming of the New Deal”, 1958
(3) Respectivamente, Ministro dos Negócios Estrangeiros e Ministro da Economia e Finanças da Alemanha, ambos julgados e condenados em Nuremberga com a recurso a provas falsificadas (fonte: Codoh.com)
(4) “The General Theory” de lorde Keynes consistiu em legitimar teoricamente ideias que já estavam em circulação.
(5) citado em "The Violence of Central Planning". Não se trata de uma elegia ao Nazismo, apenas da análise do confronto entre a Judiaria Norte-Americana que saiu vitoriosa e a necessidade de "desnazificação" da Alemanha no pós-guerra. (Lew Rockwell.com)
(6) Pequenos Segredos Sujos da 2ª Grande Guerra
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