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A saída da crise dos países do centro capitalista passa pela emissão de mais moeda, fictícia, sem qualquer relação com os bens produzidos, a qual é espalhada pelo mundo dependente,
criando superinflação como modo de pagamento da impossibilidade das economias mais desenvolvidas, que passam assim a
ser pagas pelas mais pobres. Um bom exemplo de que assim é, é a recente observação de
Ron Paul sobre o mundo saído do
fim do paradigma do dólar medido face ao ouro e da grande inflação provocada pela crise petrolífera na década de 70: “Se os EUA nada tivessem feito no sentido da neoliberação,
cada dólar valeria hoje 2 cêntimos”, ou seja o valor proporcional comparado que tinha na época da criação do sistema de Reserva Federal em 1914.
Para o bem ou para o mal, mais uma vez o peso especifico da vizinha gigante África do Sul é determinante para o que acontece em Moçambique.
A subida do “Rand” e a gestão política de aumento brutal de preços dos bens essenciais (pão, água, luz, combustíveis) estão na origem da revolta.
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A moeda local sofre sucessivas
desvalorizações, o dólar subiu dos 25 para 39 meticais num ano. A descida da moeda moçambicana em relação ao dólar americano foi a mesma desvalorização face ao rand:
num ano passou de 2,5 meticais para os 5,2 - com o consequente agravamento da balança de pagamentos com a África do Sul, o principal parceiro comercial de quem importa muito mais que exporta, aliás como acontece na antiga potência colonizadora. Nestas circunstâncias, o governo da Frelimo travestido para o paradigma neoliberal não tem alternativas senão fazer repercutir os aumentos na população. Um quilo de farinha
subiu praticamente para o dobro no espaço de um ano. Um café subiu dos 25 para os 35 meticais. Outros produtos básicos aumentaram 40 por cento. Não há solução à vista. Em circunstâncias diversas e a outro nível tanto os portugueses como os moçambicanos estão cercados pela obrigação politica de contribuírem para um modo de vida sustentado pelo dólar sobrevalorizado, por uma indústria quase inexistente e por um mercado de trabalho em défice profundo. "
Em Moçambique há 800 mil empregos para uma população activa superior a 10 milhões de pessoas"
(Visão)
Esperto é o conselho de D. Francisco Chimoio, o bispo de Maputo: "
Rezem por nós. Para que esta situação tenha um desfecho rápido".
(fonte) Para o Governo,
rezar na era da repressão é delegar funções nas polícias de choque –
“polícia trava a tiro o dia de raiva dos pobres de Maputo” - A indignação cresce entre os populares: "Queremos justiça! Os assassinos estão fardados! Isto não é bala perdida.
Bala perdida não atinge cabeça". Pois claro, quem da elite nacional tem bom emprego nos tempos que correm não olha a meios de “fazer cumprir a lei e zelar pela segurança” para os manter… ainda que o minimo básico de todo o resto da comunidade esteja em perigo
.
2 comentários:
Meteu-me asco aquela catilinária sobre os 'bandidos', do ministro das bófias.O cabrão term dinheiro na Europa.Devia levar um tiro nos cornos!,o desavergonhado do assassino.
a culpa da crise é do velho Xicoíra, e do irmão dele que casou com a velha dos diamantes, do jet8, blow-job do bairro alto.
os verdadeiros maputenses estão a acordar.
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