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sexta-feira, janeiro 17, 2014

o advogado de negócios Arnaut, figura chave nas privatizações, entachou-se no Goldman Sachs, o Banco que dirige o Mundo

"A Goldman Sachs (GS) aparenta ser um banco, mas o seu currículo mais parece um cadastro, devido às suas ligações com uma interminável série de irregularidades, que vão das bolhas imobiliárias e financeiras, à manipulação de mercados, à corrupção de governos...

... incluindo a maquilhagem das contas públicas gregas, que inaugurou a atual crise europeia. A Goldman Sachs é um dos nichos de um poder mundial não eleito, não submetido a constrangimentos constitucionais, não obrigado a testes de legitimidade. Um poder fáctico, sem lealdade de pátria, religião ou doutrina. Escassas centenas de homens que gerem em rede dinheiro* e influência. Um dos instrumentos da sua estratégia consiste em cativar pessoas brilhantes do mundo académico, projetando-as depois em altos lugares políticos de países e/ou organizações internacionais. Paulson, Draghi, Monti, Issing, ou o falecido António Borges estão nessa lista. José Luís Arnaut (JLA), figura influente do PSD, foi nomeado para o Conselho Consultivo Internacional da GS. Ao contrário das figuras citadas, a JLA não se lhe conhece uma única ideia própria, mas sabe-se que o seu escritório de advocacia tem sido fundamental no "apoio" ao Governo em matéria de privatizações. A GS espreita, ávida, sempre que um país é obrigado a vender os seus anéis. JLArnaut  é, portanto, um hábil perito em transformar propriedade pública em salvados. Merecedor da gratidão pública da GS. Milhões de portugueses e europeus labutam, preocupados com o (des)emprego e o desamparo da crise. Lutam por uma democracia que não retire os seus filhos do mapa do futuro. Mas há quem faça carreira e lucro à custa do sofrimento geral. A espiral recessiva parece ter sido travada. Mas a espiral da náusea moral, essa, está ainda muito longe de ter batido no fundo". (Viriato Soromenho Marques «DN» de 14/Janeiro/2014)

"O Goldman Sachs é uma escola que permite a muitos economistas e gestores atingir cargos de poder um pouco por todo o mundo. Hank Paulson, antigo secretário de Estado do Tesouro dos EUA, Mario Draghi, futuro presidente do BCE, Mark Carney, governador do Banco Central do Canadá, Romano Prodi, antigo presidente da comissão europeia, Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial, Robert Rubin, antigo Secretário de Estado do Tesouro dos EUA, Ducan Niederauer, presidente da NYSE Euronext, Mark Patterson, Chefe de Staff do Tesouro dos EUA, António Borges, director do Departamento Europeu do FMI, Carlos Moedas, Secretário de Estado adjunto do Primeiro Ministro, António Horta Osório, presidente do Lloyds Bank..."


Goldman Sachs - La Banque qui Dirige le Monde (2012).

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