Pesquisar neste blogue

sexta-feira, janeiro 03, 2014

como o mundo é pequeno…

Há poucas semanas a grande noticia mundial foi a revelação pela revista alemã “Focus” (reproduzida pela revista colombiana “la Semana”) de que num apartamento em Munique apareceram 1.500 obras de arte de grandes pintores como Picasso, Matisse, Chagall e Paul Klee. A origem desse tesouro foi a dos Nazis considerarem a pintura abstracta como “degenerada” e nesses termos a terem confiscado ao abrigo da kulturkampf. “A revista revelou que um homem-chave nesse processo foi Karl Buchholz, o fundador da livraria Buchholz em Bogotá na Colômbia. Acontece que antes da guerra Buchholz era uma figura importante no mundo da arte em Berlim e que, ao dar-se conta de que os quadros proibidos eram as obras mais quotizadas no resto do mundo, os comprava para os revender na sua galeria de New York. Quando o filão se esgotou mudou-se dos quadros (aparentemente) para os livros e veio viver para a Colômbia, onde veio a falecer em 1992”.

Numa primeira fase do tráfico de obras de arte é fácil perceber a razão da existência da Livraria Buchholz em Lisboa. Portugal na época da guerra era território seguro para refúgio de toda a espécie de traficantes, aristocratas, judeus ricos, dealers de armamento. Muitos, para além dos seus negócios de fachada, deixaram por cá entrepostos de interesses a gerir no futuro. Não será muito difícil inferir das razões na origem da mudança do traficante Buchholz de Lisboa para Bogotá. Outra revelação importante foi feita também recentemente. De todos os presidentes do Colômbia por décadas, culminando no fascista Álvaro Uribe de 2008 a 2010 (que na “oposição” continua a merecer as simpatias de 26% de uma das populações mais iletradas da América Latina), vieram agora a público provas irrefutáveis do seu envolvimento no tráfego de droga utilizando as estruturas do Estado, uns pózinhos de CIA e as forças paramilitares que combatem a guerrilha marxista no país.

4 comentários:

Bate n-avó disse...

Se estiver-mos a falar do mesmo Buchholz, cruzei-me centenas de vezes, quando ia para o meu trabalho, com a mulher(?) ou filha(?) desse senhor.
Anos mais tarde, vim a saber através de uma reportagem extensa num pasquim da nossa praça, quem era esse senhor!?!
Penso que a dita senhora ainda more no mesmo apartamento ali para os lados da rua nova da piedade em Lx!
Vou tentar encontrar a reportagem que deu alguma celeuma na altura, sobre este senhor Buchholz.

aukistuxego disse...

Bom Ano xatoo. Tenho seguido o seu blogue que me tem ensinado muito. Parabens

xatoo disse...

obrigado
bom ano para todos

Unknown disse...

No comunismo essa "arte moderna" foi proibida como degenerada e Lixo Capitalista!