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domingo, agosto 31, 2014

"A economia, (capitalista) essa ciência esotérica"...

Avolumam-se os sinais de que a Europa enfrentará em breve uma segunda vaga da crise iniciada em 2007/8, a primeira vaga provocada pelo colapso dos fundos financeiros sobre o imobiliário nos Estados Unidos, a segunda pela estagnação das economias na Europa face ao colapso da bolha das dívidas soberanas para onde têm vindo a ser transferidos todos os prejuizos das contabilidades tóxicas do sistema bancário. O ataque ao Euro pelos emissores da moeda de referência global, o Dólar e a Libra, assemelha-se enormemente com o mesmo tipo de ataque que foi levado a cabo pelo imperialismo do Dólar contra o Yene japonês em 1992, o que provocou uma década perdida no Japão, numa das mais fluorescentes economias na época. Dito pelos próprios conservadores, jamais o Japão recuperou os antigos indices de crescimento e progresso. Os alertas sobre o mesmo tipo de colapso que afundará ainda mais a Europa prende-se evidentemente com a decisão da Reserva Federal de suspender a emissão de mais dólares, como o BIS avisou, o FMI previu e aqui se disse... para "ajudar a economia"
(a deles)
A capa de ontem da edição para a Europa da revista "The Economist" é reveladora. Num barco de papel semi-afundado feito de uma nota de 20 euros seguem, à proa, Merkel e Hollande. Lá atrás, Mario Draghi retira baldes de água de dentro da embarcação. O título resume: "Aquele sentimento de naufrágio (uma vez mais)". E conclui-se no jornal privado do regime: É neste "sentimento de naufrágio" europeu, agravado por problemas criados por nós próprios, que temos vivido os últimos seis anos. Seis anos!", uma posta assinada pelo editorialista de serviço Henrique Monteiro

É uma mentira grosseira do Expresso do Monteiro que os problemas do euro "tenham sido criados por nós próprios"; nós quem? os do nicho de mercado dos tipos da laia dele.

Os problemas do Euro foram criados pela exportação de fundos financeiros titularizados em dólares e que foram "vendidos" aos bancos europeus para serem integrados numa cadeia de especulação pura. Como o BCE não pode emitir moeda e emprestá-la directamente aos Estados (ao contrário da FED e do Banco-de-Inglaterra que pode fazer dinheiro na quantidade que lhes apetecer) a Dívida daí resultante acabou por ser assumida - por estes "governantes" europeus sem espinha dorsal - como Divida Soberana dos Estados. É a maior falcratua de sempre na história, que está a afectar o paradigma civilizacional europeu, o que até aqui tem vindo a ser o modelo social que ilumina as aspirações de muitos povos do mundo. Concluindo, ou o sr. Henrique Monteiro está dizer que esta vigarice foi feita pelos tipos que lhe pagam os salários (não o assumindo frontalmente) ou o sr. Monteiro é um trafulha, um canalha, um vendido!

sábado, agosto 30, 2014

a Paz em Gaza é a continuação da Guerra por outros meios

Para a obtenção da paz duradoura temos de resolver de forma radical a situação que deu origem ao conflito. Isto é, a usurpação israelo-sionista da Palestina e o reconhecimento do direito de regresso dos palestinianos às suas terras de origem. Esta recente experiência de derrota e perda do exército israelita na agressão contra Gaza, embora confidencial, chegou ao jornal tunisino al-Chorouk que publica na íntegra os números que transpiraram através dos relatórios do especialista militar do Haaretz, Amos Harel, também conselheiro do gabinete de segurança.
De acordo com os relatórios escritos pela pessoa em causa, desde 7 de Julho, quando a ofensiva foi auto-proclamada de invencível, 497 soldados israelitas foram mortos e 113 agentes sionistas foram igualmente abatidos. Contudo, as baixas de soldados feridos aumentaram para 879... e 362 soldados e oficiais estão nos hospitais em estado grave"; enquanto as informações oficiais dizem que "o exército de Israel perdeu 270 soldados , enquanto 629 outros mercenários (leu bem: mercenários!) estão feridos" (nota: o relatório oficial não explica o que as "Forças de Defesa de Israel" (na sigla em inglês IDF) pretende fazer compreender com o termo mercenário) e que é isto: "166 militares israelitas tentaram cometer suicídio". 311 soldados deram um tiro no pé para não ir para a guerra "e o jornal, porque neste ponto lhe convém exagerar, acrescentou: "332 soldados e 418 reservistas amputaram um dos seus membros, não para fazer a guerra" (contra os inimigos que querem fazer Israel desaparecer do mapa)... O criminoso de guerra Netanyahu confirma: "Retirámos as nossas forças terrestres de Gaza para não sofrermos mais mortos" - e o Hamas qualificou esta decisão como uma vitória para a Palestina", apesar de terem sofrido mais de 2000 vitimas mortais entre os civis palestinianos.
Entretanto, o Emirado do Qatar tinha-se comprometido a pagar salários a milhares de funcionários públicos de Gaza impossibilitados de trabalhar - e o Hamas tinha afirmado que não iria aceitar a trégua a menos que recebesse os pagamentos, mas os Estados Unidos bloquearam os fundos do Qatar destinados a esse fim. A contra-informação sionista via The Times of Israel põe  imediatamente a circular que o primeiro-ministro Ismail Haniyeh do Hamas é um traidor à causa palestiniana por ter aceitado colaborar com o Emir do Qatar
a ler  no "Luta Popular"

sexta-feira, agosto 29, 2014

Portugueses no Mundo

Os poetas estão a avançar com uns vagares de galinholas. Porra” (Herbert Hélder, 1979
"A última bilha do gás durou dois meses e três dias/com o gás dos últimos dias podia ter-me suicidado/ mas eis que se foram os três dias e estou aqui (...) e eu sensivel apenas ao papel e à esferográfica/ à mão que me administra a alma" (Herberto Helder, in "A Morte sem Mestre")

a mulher morta por inalação de gases quando parou o carro numa estrada no condado de Elizabeth, Newark, EUA, era lembrada  como sendo dócil e muito trabalhadora. Morreu enquanto dormia durante as deslocações entre os quatro empregos que tinha, trabalhos a que se via obrigada para fazer face às despesas. Em dois desses postos de trabalho vendia donuts, em lojas de comida rápida.  Este último turno a que se dirigia e que lhe foi fatal, aconteceu porque pretendia trocar a folga de modo a poder ir ao concerto do fim-de-semana de homenagem a Michael Jackson. (NewJersey.com). Este modo de morrer, da pessoa que trabalha mas de cujo salário não se consegue sustentar senão recorrendo a múltiplos empregos é a verdadeira face da recessão, disse Joseph Seneca, professor de economia na Rutgers University. (NewJersey.com)
7,5 milhões de assalariados através dos Estados Unidos são precários, obrigados a ter mais que um emprego, trabalhando um número infindável de horas. Pela lei da selva vigente, as pessoas são menos conceituadas que os camiões de carga, os quais são obrigados a cumprir horário rigoroso controlado por tacógrafo. Carl Van Horn director do "John J. Heldrich Center for Workforce Development" na Rutgers, afirma que o desejo destas pessoas seria ter um trabalho a tempo inteiro, porém é tarefa impossivel encontrá-lo. Provavelmente, como em Portugal (1), nem constam das estatisticas dos centros de desemprego (RussiaToday)... áh, é verdade, a mulher que morreu chamava-se Maria Fernandes, tinha 32 anos e era portuguesa. Apenas menos um número, dos 2 milhões de portugueses emigrados no portugal sem fronteiras... (Emigrar) 

quarta-feira, agosto 27, 2014

Fabricar dinheiro falso não é historicamente uma novidade

O Papa Giovanni XXII promulgou a bula "Spondent quas non exhibent" (Prometem o que não podem cumprir) na qual ameaçava os falsificadores de metais preciosos com um castigo que consistia na entrega ao Tesouro público de uma quantidade de ouro ou prata verdadeira igual à falsificada. Como é de supor, nenhuma das proibições teve demasiados efeitos práticos. O mesmo Papa Giovanni XXII deixou após a sua morte uma fortuna tão imensa, que durante anos correu o rumor de que ele mesmo havia sido um alquimista apostado em transmutar metais vis cobrindo-os com produtos que lhe conferiam a aparência de ouro e prata que punha a circular como moeda corrente a seu bom proveito.
A entidade emissora de moeda dos Estados Unidos (Reserva Federal) prevê acabar em Outubro próximo o programa de emissão de dólares para "ajudar a economia" (Quantitative Easing). Depois de praticamente concluida a transferência do "papel tóxico" para os bancos europeus, via BCE - provocando a crise que tem vindo a afectar o Euro - o Banco Central Europeu ver-se-á agora confrontado com a necessidade de criar ele próprio um programa de emissão de Euros, falcatrua com que pensa "ajudar a economia!. A bom proveito do sub-imperialismo europeu da Alemanha

do dominio da Burguesia nacional ao Internacionalismo Proletário

"a História de toda a sociedade até aqui é a história de lutas de classes".

"a Burguesia, pela sua exploração do mercado mundial, configurou de um modo cosmopolita a produção e o consumo de todos os países. Para grande pesar dos reaccionários, tirou à indústria o solo nacional onde firmava os pés. As antiquíssimas indústrias nacionais foram aniquiladas, e são ainda diariamente aniquiladas. São desalojadas por novas indústrias cuja introdução se torna uma questão vital para todas as nações civilizadas, por indústrias que já não laboram matérias-primas nativas, mas matérias-primas oriundas das zonas mais afastadas, e cujos fabricos são consumidos não só no próprio país como simultaneamente em todas as partes do mundo. Para o lugar das velhas necessidades, satisfeitas por artigos do país, entram [necessidades] novas que exigem para a sua satisfação os produtos dos países e dos climas mais longínquos. Para o lugar da velha auto-suficiência e do velho isolamento locais e nacionais, entram um intercâmbio omnilateral, uma dependência das nações umas das outras. E tal como na produção material, assim também na produção espiritual. Os artigos espirituais das nações singulares tornam-se bem comum. A unilateralidade e estreiteza nacionais tornam-se cada vez mais impossíveis, e das muitas literaturas nacionais e locais forma-se uma literatura mundial (...)

A indústria moderna transformou a pequena oficina do mestre patriarcal na grande fábrica do capitalista industrial. Massas de operários, comprimidos na fábrica, são organizadas como soldados. São colocadas, como soldados rasos da indústria, sob a vigilância de uma hierarquia completa de oficiais subalternos e oficiais. Não são apenas servos da classe burguesa, do Estado burguês; dia a dia, hora a hora, são feitos servos da máquina, do vigilante, e sobretudo dos próprios burgueses fabricantes singulares. Este despotismo é tanto mais mesquinho, mais odioso, mais exasperante, quanto mais abertamente proclama ser o provento o seu objectivo (...)

Os pequenos Estados médios até aqui, os pequenos industriais, comerciantes e os que possuem ou vivem de rendimentos, os artesãos e camponeses, todas estas classes caem no proletariado, em parte porque o seu pequeno capital não chega para o empreendimento da grande indústria e sucumbe à concorrência dos capitalistas maiores, em parte porque a sua habilidade é desvalorizada por novos modos de produção. Assim, o proletariado recruta-se de todas as classes da população (...)
Mas com o desenvolvimento da indústria o proletariado não apenas se multiplica; é comprimido em massas maiores, a sua força cresce, e ele sente-a mais. Os interesses, as situações de vida no interior do proletariado tornam-se cada vez mais semelhantes, na medida em que a maquinaria vai obliterando cada vez mais as diferenças do trabalho e quase por toda a parte faz descer o salário a um mesmo nível baixo. A concorrência crescente dos burgueses entre si e as crises comerciais que daqui decorrem tornam o salário dos operários cada vez mais oscilante; o melhoramento incessante da maquinaria, que cada vez se desenvolve mais depressa, torna toda a sua posição na vida cada vez mais insegura..." (Manifesto do Partido Comunista, 1848)

terça-feira, agosto 26, 2014

Analisando os indices de popularidade do governo na Rússia capitalista de Putin

Na década que se seguiu à queda do regime soviético revisionista o produto interno bruto da Rússia caíu 40 por cento. Imagine-se as perdas de direitos adquiridos e as condições de miséria para onde as pessoas foram atiradas, se comparamos esse indice com o choque que os portugueses sofrem hoje com apenas a perda de 14 por cento do produto desde 2008. Apostado em suster a debacle, o primeiro governo de Vladimir Putin foi empossado em 1999. A Rússia é hoje capitalista, porém o seu governo é patriótico (baniu os interesses estrangeiros que se propunham pilhar o que restava) e democrático: os índices de aprovação da liderança de Vladimir Vladimirovich Putin estão por estes dias acima dos 80 por cento. Aqui está um gráfico útil que mostra o que é que mudou nos cerca de 15 anos de governo de Putin entre 1999 (listado à esquerda) e os últimos dados disponiveis de 2013 (lista da direita)

o PIB passou de 195 biliões de dólares em 1999 para 2.113 biliões em 2013.

o Rendimento per Capita passou de 1.230 dólares para 14.800 dólares.

a Taxa de inflação caiu de 36,5 por cento para 6,5 por cento.

as Reservas de Ouro subiram de 12,6 biliões para 511.000.000.000 dólares.

a Dívida Pública passou de 78% do PIB para 8% do PIB.

a Pensão por Reforma média mensal subiu de 499 rublos para 10.000 rublos.

o Salário médio mensal que era de 1.522 rublos passou para 29.940 rublos.

Não é de admirar que ninguém no Ocidente dê a conhecer um gráfico como este; para os Estados Unidos e seus Aliados estes números devem ser aterrorizantes...

Além de Putin ser considerado um herói nacional (a 4ª personalidade mais popular de sempre, depois de Lenine, Estaline e Pedro o Grande) por ser um patriota e ter posto termo à rapina das transferências de titulos privatizados para os bolsos dos investidores que foram ajudados pelos "economistas" ocidentais e seus oligarcas de estimação, levantando o povo russo contra o Império do Caos Atlântico. E é por isso que no ocidente lhe chamam Oligarca... (não o comparando por exemplo com Barack Obama... que se gaba publicamente de apenas precisar de uma pen e um telefone para  

segunda-feira, agosto 25, 2014

o jornal da Sonae e os seus amigos nazi-fascistas da Ucrânia

Ignorando ou manipulando ao longo de meses o bombardeamento de populações civis do leste da Ucrânia, inclusive com mísseis balísticos, por tropas da Junta nazi fascista de Kiev, hoje o Publico, finalmente, sob o titulo: "Separatistas pró-russos exibem prisioneiros no Dia da Independência da Ucrânia. Dezenas de soldados fiéis a Kiev foram forçados a marchar no centro de Donetsk", comoveu-se com o que se está a passar no leste de Ucrânia.
Mas estranhamente, ou não, o Publico, pela pena dum tal Alexandre Martins, não se comove com os mais de 2000 mortos civis só no mês de Julho, nem com as centenas de milhares de refugiados, sobretudo mulheres e criancas, em fuga da investida da besta nazi fascista. O que comove o Publico é a parada nas ruas da massacrada Donetsk, não propriamente de militares, mas nazis e fascistas do Sector Direita e da Guarda Nacional capturados e acusados de crimes contra civis, a quem, como o Publico bem sabe, não se aplica sequer a Convenção de Genebra. Aliás é esta a primeira vez que há memória de ver o Publico preocupado pela aplicação da Convenção de Genebra que, pelo livro de estilo do Publico, parece só obrigar anti-fascistas, mas nunca os Estados Unidos ou Israel, quando destroem e massacram populações no Iraque, na Palestina, na Líbia, na Síria, (via facebook, J.Eduardo Brissos)
actualização

domingo, agosto 24, 2014

o "Estado Islâmico da Síria e do Iraque"; o mesmo post anterior no léxico oficial

1. O Estado Islâmico (EI, ex-ISIS) é uma ameaça de tipo novo. Não é “mais um” grupo terrorista ou de fanáticos apocalípticos. Tem outra ambição.

Encara-se como um verdadeiro Estado em construção — o “califado” — e não como uma organização de militantes. Controla, na Síria e no Iraque, um território da dimensão da Grã-Bretanha. Utiliza métodos de tal modo violentos que suscitou a repulsa da Al-Qaeda. Está a mudar o mapa do Médio Oriente (1) e a dinâmica das “guerras por procuração” que lá se travam. Mais relevante do que o fanatismo é a sua vocação totalitária.

Os analistas atribuíram inicialmente o seu sucesso a três factores: uma extraordinária mobilidade com elevado poder de fogo, a brutalidade dos ataques e uma refinada propaganda de actos de barbárie para desmoralizar quem lhe resiste. Chuck Hagel, secretário da Defesa americano, declarou depois do vídeo da decapitação do jornalista James Foley: “É um grupo mais bem organizado do que qualquer outro de que tenhamos conhecimento. Eles não são um simples grupo terrorista. Aliam ideologia e sofisticação militar. Dispõem de fundos financeiros incríveis.” (ler mais, Jorge Almeida Fernandes, no Público)

(1) Israelitas imaginários. O cineasta israelita Eyal Sivan, decifra os argumentos dos manifestantes pró-Israel que apoiam os criminosos ataques militares contra o governo eleito e civis na Faixa de Gaza, manifestando-se aos gritos de "morte aos terroristas do Hamas" a 31 de Julho de 2014 em Paris.

Visto em Paris

"Irmãs" salafistas da "Movida pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante" passeiam-se mesmo no centro da cidade, em Chatelet les Halles fardadas com o véu do movimento terrorista e usando sapatilhas da Adidas. Estas imbecis não sabem que o Corão aconselha a não chamar a atenção sobre si num país não muçulmano. Já para não falar na ostentação, que de qualquer modo nunca chegará aos calcanhares da tribo judio-Sionista em França. Estas raparigas serão apenas umas bestas quadradas? a quem interessa esta provocação?

A teologia "Salafs u Salih" é uma recriação inventada pelos Media, tão recente quanto os "Costa Salafis", uma agremiação fundada em 2011 no Egipto por Mohammad Tolba durante a famigerada campanha das "primaveras árabes" comandada a partir de agentes infiltrados nas redes sociais, onde depois da instauração da criminosa ditadura militar é uma das seitas que mais espaço ocupa nas televisões e jornais.

A filosofia do anterior governo dos "Irmãos Muçulmanos", deposto no Egipto e que tem vindo a ser dizimado, diferenciava-se dos Salafistas, alegadamente porque aceita introduzir inovações por forma a actualizar a sua religião com a coexistência pacifica com o resto do mundo. Ao contrário, os apaniguados do "Estado Islâmico do Iraque e do Levante" (ISIS, na sigla em inglês para "Islamic State in Iraq and Syria") invocam as tradições religiosas ancestrais muçulmanas do "povo da Suna" (è semelhança do "Povo eleito" de Israel) e citações primordiais do profeta Maomé como "o povo da minha geração é o eleito, então aqueles que vierem depois dele e o da geração seguinte, para serem muçulmanos, terão de seguir o exemplo destas três gerações: o jihadismo salafista. Na prática são uma variante do “wahabismo-takfirismo” oriundo da Casa de Saud, apostados em provocar o ódio e lutas fraticidas entre muçulmanos. Em 2012 o irmão salafista Mohammed Abdel-Rahman declarou: "é muito simples, o que nós pretendemos é a aplicação da Lei Islâmica (Sharia) à estrutura económica, às instituições politicas e ao sistema judicial, dentro das nossas fronteiras e nas nossa relações com o exterior"... e para tal recebem apoios financeiros dos Estados Unidos e de Israel.

Documentos divulgados pela Wikileaks confirmam que os Estados Unidos armaram os grupos radicais islâmicos que foram introduzidos na Síria. Nessa altura, em 2010, o presidente sirio Bashar al-Assad tentou aproximar-se de Washington para conter a finada al-Qaeda e a estreia do ISIS, mas Barack Obama continuou financiando os seus opositores. Agora, desde que foram expulsos da Síria, os Estados Unidos dizem estar a  combater os mesmos terroristas do "Estado Islâmico" no Iraque. Business as usual: fomentar a venda de armas e tentar redesenhar o mapa do Médio Oriente em prol do Sionismo.

sexta-feira, agosto 22, 2014

Alerta máximo! um preto roubou uma chuinga da prateleira do supermercado

o que tem vindo a acontecer na cidade de Ferguson, Missouri, EUA, não é nada de novo. Um policia de uma força de segurança constituida integralmente por brancos disparou sobre um suspeito de furto numa cidade cuja população é maioritariamente negra. O jovem negro Michael Brown mal se apercebeu que estava a ser perseguido surpreendeu-se - estava desarmado - levantou as mãos ao ar em sinal de querer acatar a intimação do "agente da ordem"; mas apesar da evidência o policia apontou-lhe a arma à cabeça e matou-o ali mesmo, antes mesmo que o pobre desgraçado tivesse tempo de abrir a boca para eventualmente se justificar

primeiro dispara-se, depois pergunta-se
Um jovem negro é morto a sangue-frio pela polícia. Algo que é corriqueiro no Brasil (foto da direita) e em muitos outros paises socialmente degradados, provocou uma dos maiores insurreições populares dos últimos anos nos Estados Unidos - precisamente o modelo global da degradação social. Seguiram-se acções brutais de repressão por forças militarizadas...

Todas as escolas nos EUA estão em vias de passar a ter em paralelo com as funções educacionais uma força policial de intervenção rápida. Já depois de Ferguson, num subúrbio de Filadélfia ocorreu outro facto demonstrativo da insanidade reinante. Imagine a policia a deitar fogo a uma casa abarracada num bairro densamente povoado; fizeram isso e "caçaram o seu homem"; mas arderam outras 60 casas contiguas graças a essa eficaz intervenção, infelizmente segundo o relatório da policia apenas danos colaterais.  Em Ferguson o problema foi temporariamente pacificado pela esperteza de enviar ao local Eric Holder, o primeiro secretário da Justiça negro da história dos Estados Unidos, que mandou sair a guarda nacional pela porta dos fundos.
 
inventar pretextos
Hoje mesmo dia 22, integrados numa jornada internacional, ocorrem protestos contra o genocídio do povo negro por todo o Brasil (ver aqui). Para se ter uma ideia, só em São Paulo, entre 2002 e 2011 houve um aumento de 24% de morte de jovens negros, um crescimento de 11.321 para 13.405. Com esse diferencial, a mortalidade de jovens negros passa de 71,6% em 2002 para 237,4%. A violência nos três primeiros meses de 2014 em comparação com 2013 representa um aumento de 206,9% do número de pessoas mortas por bófias em serviço. O aumento sistemático de assassinatos é uma das faces do genocídio aqui mencionado.

O sociólogo brasileiro José Luis Fiori afirma num ensaio que a Nova Ordem Mundial será multipolar, contraditória e beligerante. Como actuar para diluir o poder de influência norte-americano nas politicas dos países cujas burguesias se lhe aliaram? - "Neste ponto o sistema interestatal e capitalista criado, difundido e liderado pelos europeus e pelos EUA nos últimos quatro séculos, não deixa nenhuma dúvida nem alternativa. Neste sistema, quem não sobe, cai, e quem está em cima bloqueia de todas maneiras possíveis a tentativa de subir dos novos pretendentes que se propõem a alcançar a condição de potencias regionais ou globais. É o que se vê hoje, por exemplo, com relação à reivindicação dos chamados “emergentes” (para ler aqui)

Como bom aluno das directivas estrangeiras dos nossos tutores, Portugal adopta igualmente a mesma opção pela repressão militarizada contra hipotéticas manifestações resultantes do agravamento das desigualdades sociais; face ao perigo de um "arrastão à moda brasileira" num centro comercial, colocou-se uma brigada da policia de choque nas entradas, barrando o acesso a todas as pessoas de etnia negra, enquanto os brancos entravam indiferentes, despreocupados e curiosos com o aparato.

quinta-feira, agosto 21, 2014

Que se pode deduzir das falcatruas na venda de empresas de Parceria Público-Privadas?

... com o Estado exaurido pela falta de capacidade para investir nos bens públicos, os gestores nomeados pelos partidos do poder manobraram para que o Estado entrasse como sócio em investimentos de privados. Mas de facto os investidores privados é que entraram no Estado - convém recordar que as Parcerias Público Privadas (PPP) são na sua essência instrumentos de transferência de dinheiro público para os bolsos de investidores privados. 
A ideia das PPP é importada. Em Portugal prevalece o modelo DBFO (Design, Build, Finance, Operate) traduzido; Concepção, Construção, Financiamento e Operação. Sendo o motivo pelo qual o Estado providencia esses serviços suprir as "falhas de mercado" em projectos essenciais para o beneficio e bem-estar social, qualidade de vida e desenvolvimento económico, áreas onde a iniciativa privada não investe porque não dá lucro, a adjudicação pelo Estado começa logo por estar viciada por as ofertas de financiamento se sobreporem às outras três vertentes. Em segundo lugar no erro da fase de concepção e de construção ser entregue a uma mesma entidade: o projecto sofre frequentemente falhas propositadas para que na conclusão da obra as alterações possam ser pagas a mais em relação ao valor inicial orçamentado. Por último, por cada PPP é constituida uma empresa criada de raiz que existirá apenas durante o periodo de vigor do contrato de concessão. Neste campo o Estado tem de garantir a rentabilidade dos accionistas privados, mas o investimento é financiado sobretudo por dívida e não por capitais dos sócios da empresa. Os sócios-accionistas não prestam nenhum tipo de garantias aos bancos, enquanto o activo assim criado é sempre propriedade jurídica do Estado. Os bancos por sua vez contraem dívida, por exemplo ao BCE ou ao BEI com o aval do Estado. Quer dizer, não existe risco para os privados, enquanto que os emprestadores a única garantia que têm são os lucros futuros do projecto; em giria financeira prá malta não perceber pêva, os "cash-flows". É uma problemática tortuosa mas que explica perfeitamente a razão pela qual o ex-ministro João Cravinho, sendo responsavel por grossa fatia do lançamento de PPP, fosse de seguida alcandorado à administração do Banco Europeu de Investimento, o banco responsável por 37% dos empréstimos concedidos às PPP`s. E como corolário, a distinta lata de Cravinho vir agora escrever um livro sobre a "Divida"

"Não conheço nenhum negócio que garanta a ninguém, durante 50 anos, um taxa de rentabilidade fixa entre 8 a 10%!"



quarta-feira, agosto 20, 2014

Forum Desinfesto

reentrê: Rui Tavares proferirá uma palestra na Universidade de Verão do PSD sobre "esquerda e direita"
Na senda dos velhos trafulhas do xshuscialismo democrático (como é que se trata um ladrão democraticamente?) a nossa esquerdinha giroflé-giroflá agita-se, numa hipercaldeirada com uma pitada de cada e toda a proposta oportunista existente no Mercado. o Mercado a sério!, aquele que trata da Propriedade. Não há voto que escape à propriedade. No tacho. Desde cães, gatos e animais afins, jornaleiros balsemónicos, peixe-bomba do viveiro reformatório, possivelmente pintos-marinhos com água no bico do costa das águas profundas da peixaria bilderberg. Levando a coisa a sério, o capitalismo não se reforma, abate-se! e a ameaça da espada suspensa sobre os incautos é estarmos perante um autêntico matadouro de eleitores. Num país a sério, face a um problema de saúde pública, o abate clandestino seria motivo para a rápida intervenção da brigada de desinfecção sanitária

enquanto o peixe miúdo se candidata a um lugar à mesa na esperança de poder apoiar ou fingir que não apoia tudo o que os tubarões decidirem, no Bilderberg os líderes da Europa e EUA em reunião secreta prevêm conflito armado - mesmo ao jeito do Rui Tavares e da sua Libia libertada...

terça-feira, agosto 19, 2014

ai Portugal, Portugal, do que é que estás à espera?

1. Tornou-se claro que os programas politicos de Bloco Central são de traição à comunidade nacional que dizem "representar", uma vez que esses programas por quatro décadas visaram entregar a economia nacional aos interesses das multinacionais estrangeiras (da banca e monopólios industriais globais) a produção de bens e serviços que antes eram prestados por portugueses.

2. O sistema de concessão de crédito que depende dos capitalistas, sem o qual não há "desenvolvimento" capitalista, esteve alguma vez na mão de portugueses? Não. A liberalização que abriu as portas do país ao exterior aconteceu quando o relutante Salazar concordou em aceitar os milhões do Plano Marshall no ano de 1953, com oito anos de atraso em relação à Europa. Com esse dinheiro Salazar criou o Banco de Fomento gerindo planos quinquenais que promoveram a industrialização e modernização da economia portuguesa. Antes disso nem sequer capitalismo havia em Portugal.

3. Em 1948 Salazar é convidado por Washington a integrar a integrar a lógica da Guerra Fria definida pelo Pentágono, que envolve a cedência da Base da Lajes nos Açores e a adesão à Organização do Atlântico Norte (NATO) em 1949. A cooptação das Forças Armadas para o novo regime internacional no pós-guerra precede o desenvolvimento do tecido produtivo português. E coloca mais um dos três polos do poder sob dependência externa, o Militar (o outro era o da Igreja cumprindo os desígnios do Vaticano). O poder politico entra na rota da dependência como protectorado.

4. Embora à primeira vista pareça não existir qualquer relação entre as duas ocorrências, esta é também a época da instauração do Estado de Israel (1947/8). Num primeiro momento Israel e o sistema de organização cooperativa nos “kibutzs” em prol do desenvolvimento de uma zona inóspita aparece como sendo progressista, mas com uma lógica de militarização na educação ao estilo da “juventude hitleriana “ (como aliás a nossa “Mocidade Portuguesa) e o Trabalho transformado em heroísmo na produção à semelhança dos sovietes russos.

5. Resultante da adesão ao paradigma ocidental na década seguinte (anos 60) Portugal conheceu um boom económico com a criação de emprego, implementação exponencial da classe média e respectivo aumento do consumo interno. Tal evolução ocorre sob a égide da burguesia e do patronato, mas tem um efeito colateral importante: o reforço do proletariado e de uma Classe Operária propensa à auto-organização nos termos do sindicalismo clássico.

6. Obviamente, pela porta por onde entrou esse investimento externo entrou também a cobiça. Portugal era um país pobre, socialmente atrasado, sem recursos naturais. Mas possuia uma riqueza incomensuravel: as Colónias no chamado Ultramar. E os mesmos capitalistas que trazem o dinheiro, pela ordem intrinseca da evolução do sistema são os imperialistas que trazem igualmente a guerra.

7. Num primeiro momento a Guerra Colonial foi um polo de crescimento, devido à produção nacional de material, armas e equipamento para as Forças Armadas. Que obriga à importação de mais meios tecnológicos estrangeiros. Mas num segundo momento os agentes económicos imperialistas, tanto norte-americanos como do entretanto degenerado regime soviético, transferiram os seus investimentos para os Movimentos de Libertação. Portugal fica isolado, “orgulhosamente só” como foi então alcunhado pelos salazaristas.

8. Em 1967 Israel ataca e ocupa militarmente vastos territórios pertencentes ao Mundo Árabe na Palestina, Jordânia, Egipto e Síria. Apoiado pelos Estados Unidos e pela maioria dos países europeus, perante a passividade da URSS, o regime Sionista consolida a sua posição no Médio Oriente.

9. As trombetas do imperialismo norte-americano por todo o lado ecoam liberdade, enquanto se afundam por toda a parte em guerras e numa vergonhosa agressão contra civis no Vietname, justificando-se com a luta contra a expansão do comunismo na Ásia e no mundo. Nos Estados Unidos cresce um importante movimento social pela paz, fortemente apoiado pelas classes médias e operária. Em 1972, incapaz de suster a contestação interna, o presidente Nixon inicia uma colaboração com o regime comunista da República Popular da China que no futuro se haveria de tornar muito proveitosa para a globalização do capitalismo. Tal mudança de estratégia logra livrar os empresários da inconveniência das lutas e greves operárias, deslocalizando a luta de classes para locais longínquos, dos quais quatro décadas depois ainda não regressaram a um meio propositadamente desindustrializado.

10. Economicamente exaustos, os Estados Unidos recusam o pagamento em ouro de dívidas à França republicana do nacionalista De Gaule. Na sequência, a administração Nixon desvincula o dólar em relação às reservas de ouro que garantem o valor das moedas no mercado cambial. A decisão de abandonar o sistema monetário internacional baseado no padrão-ouro, que trouxe o dólar ao estatuto de moeda de reserva mundial, põe fim ao acordo de Bretton Woods que havia sido validado no pós-guerra (1946). Este é o momento inicial do paradigma neoliberal, implementado pelo chamado Consenso de Washington.

11. A agressão e a impunidade de Israel na Guerra dos 6 Dias e nos anos seguintes provoca o boicote ao fornecimento de petróleo à Europa. O chamado “choque petrolífero” de 1973 conjugado em Portugal com a impossibilidade económica de sustentar três frentes de guerra nas Colónias apenas com a ajuda do regime racista da África do Sul, vai deteriorando a ditadura salazarista entretanto mascarada de liberal.

12. Semanas antes do Golpe-de-Estado-dos-Capitães-de-Abril em Portugal o secretário de Estados dos Estados Unidos Henry Kissinger faz escala na Alemanha a caminho de Moscovo (1). A reunião com os alemães trata de “reforçar a cooperação” exigindo que seja a Alemanha a pagar as despesas dos 220 mil soldados norte-americanos que permanecem como força de ocupação para “evitar novas situações de conflito na Europa”. Doravante uma espécie de agente comercial do imperialismo norte-americano para a Europa, a Alemanha Ocidental, como potência derrotada na Grande Guerra, tinha assinado como termo de rendição a agora conhecida como “Acta do Chanceler” a 21 de Maio de 1949, a qual obriga igualmente a pagar pesadas indemnizações ao Estado Judeu de Israel em nome da mitologia das “vítimas do holocausto” (2). A colonização cultural da Europa segue a par (3)

13.  Henry Kissinger permanece ainda, passados 60 anos, como o guru do Grupo Bilderberg, uma associação de notáveis globalistas que mexe os cordelinhos da definição dos programas governamentais de subjugação dos povos impondo uma nova ordem mundial a favor da propriedade privada

14. Formalizada no final dos anos 50, a “União Europeia” (uma mesa de negociação permanente inter-potências capitalistas (4) é uma criação do lobi sionista anglo-norte-americano, da extrema direita europeia e do colonialismo cultural religioso do Estado do Vaticano. Num contexto construído à revelia das populações nacionais, tanto a NATO como a ONU não são organizações independentes, não existem para proteger as pessoas ou países, mas sim para criar guerras e controlar os países e as suas riquezas, tendo como objectivo a expansão do imperialismo. É nessa linha que os EUA impõem actualmente pela força o Tratado Transatlântico que irá aprisionar o que resta do modelo do Estado Social na Europa.

15. o Banco Central Europeu (BCE) foi fundado em 1998. A "moeda única foi criada à semelhança do Marco alemão e em seu beneficio, no praça financeira alemã de Frankfurt. Pelos seus estatutos o BCE está impedido de emprestar dinheiro aos Estados, apenas podendo conceder crédito aos bancos comerciais a juros baixos, que por sua vez o emprestam aos Estados europeus com juros altos. Ao contrário, tanto a entidade emissora de dólares (a Reserva Federal controlada por bancos privados) como o Banco de Inglaterra (no conjunto a banca Sionista) podem emitir livremente a quantidade de moeda que necessitam e financiar directamente o Estado para que este cumpra as tarefas que muito bem entenderem, mormente pagar custos de guerras. Portugal aderiu ao Euro em 2001. A nossa história recente é a história da crise permanente. As consequências e as cifras negras da ditadura de fachada democrática no Portugal dos últimos 40 anos são conhecidas: uma lista impressionante 
 
(1) Henry Kissinger, há 60 anos a mexer os cordelinhos que impôem a nova ordem mundial dos ricos (ler mais)
(2) a Alemanha ocupada desde a derrota na 2ª Grande Guerra, é inteiramente dependente e deve vassalagem politico- económica ao lobie judeu dos Estados Unidos. (ler mais)
(3) o pró-Sionismo alemão relaciona Wagner com o Nazismo - e "para se saber quem governa, basta saber quem é que não se pode criticar (Voltaire) (ler mais)
(4) História da União Europeia (ler mais)

segunda-feira, agosto 18, 2014

negócios que o regime não quer que se saibam

"Segredo de Estado"?: vão alterar o quê, e porquê submeter a nova lei ao Parlamento neste momento, a aprovar em 15 dias, quando os deputados só regressam às suas funções na primeira semana de Setembro?
e mais não foi dito ...
em 2009 Cavaco Silva com Sócrates no governo vetou alterações por considerar que "o primeiro-ministro tinha competência para desclassificar matérias que tinham sido classificadas, por exemplo, pelo Presidente da República".
Em Agosto de 2014 o mesmo Cavaco Silva pediu alterações à mesma lei com urgência. A deputada da maçonaria no PSD, Teresa Leal Coelho, diz a propósito que o objetivo desta alteração à lei “é garantir maior segurança jurídica e evitar equívocos no futuro”. Informação concisa, sem dúvida. Lido nas entrelinhas e à moda antiga, trata-se de criminalizar as violações de tudo que toda a gente no poder muito bem entenda classificar como "Segredo de Estado"

domingo, agosto 17, 2014

senso comum, cenas edificantes e o respeitinho pelos governantes

Manifestantes armados atacaram um centro de saúde em Monróvia obrigando pacientes infectados com o virus mortal Ebola, a fugir, tanto os que estavam em fila de espera fora das instalações como os internados em quarentena no seu interior. Aos gritos "Não há Ebola na Libéria" os assaltantes saquearam as instalações hospitalares, roubaram mobiliário, utensilios clinicos e roupas de cama manchada com sangue dos infectados, forçando cerca de 30 doentes a fugir espavoridos do local, os quais actualmente ainda não foram encontrados. Se o Ébola chegar às favelas da cidade, o perigo é o do número de infectados poder crescer rapidamente podendo a epidemia atingir proporções ainda mais catastróficas. O Ébola propaga-se através dos fluidos corporais como o sangue, vômitos, fezes e suor. O grupo de moradores das redondezas que arrombaram as portas do centro de internamento alegaram que a presidente do país Ellen Johnson Sirleaf tinha "inventado" a doença, porque "o que ela quer é dinheiro." (fonte)

sábado, agosto 16, 2014

a realidade é uma coisa imaginada, não existe;

Lisboa e o mundo verão a breve trecho que a urbanização capitalista não é Santa, muito menos Justa; de facto o panorama já hoje está degradado em relação aos luxuosos cenários do 1% dos ricos; mas a maioria das pessoas recusa-se a ver onde, como e com quanto vivem, em relação com o que poderiam dispor... se não fossem roubados

O continente europeu converteu-se numa espécie de papado do fundamentalismo económico. As dificuldades são reais: houve um forte aumento da dívida dos Estados, após o socorro maciço concedido aos bancos, entre 2008 e 2009. Mas as soluções estão condicionadas pela ideologia, por isso não enfrentam os problemas. Os governos temem agir contra os mecanismos que permitem, a muito poucos (os que sugam rendas através da instituição Estado), multiplicar continuamente sua riqueza, nos mercados financeiros. Os arregimentaddos decisores insistem nesta postura mesmo quando ela os impede de reativar a economia destruida por sete anos de crise – encomendando obras públicas supérfluas, de fachada e a crédito, gerando ocupações e rendimentos para os amigos, por exemplo. Hoje em dia, na generalidade o actual investimento é contra os direitos sociais e os serviços públicos.

o que é isto?
Esta atitude foi levada a um ponto extremo, próximo ao colapso. É como se o maquinista de um velho comboio a vapor passasse a arrancar as paredes de madeira dos vagões, para alimentar a caldeira obsoleta e voraz da locomotiva. Os "mercados financeiros" (i/e os 300 milhões de accionistas da especulação global) sabem que os Estados são incapazes de continuar a sustentá-los. Mas os investidores são movidos por uma lógica que os leva a pedir mais, quando identificam as dificuldades do devedor. Num certo momento, a tensão entre estas duas percepções contraditórias explode, trava os mercados, provoca falências em dominó. Como, desprezando o valor Trabalho, todas as relações económicas estão entrelaçadas com os circuitos financeiros, o caos daí  resultante paraliza a produção de bens não lucrativos, inviabiliza empresas, destrói empregos em massa. É neste abismo que a Europa se afunda cada vez mais perigosamente...  (Setembro de 2011)

sexta-feira, agosto 15, 2014

a recuperação económica capitalista é uma ilusão. E o problema imediato a resolver pelos portugueses é a saída ao Euro

A dívida bruta da Zona Euro deve chegar este ano a 95,9% do PIB - diz em entrevista William White, ex-economista-chefe do Banco de Compensações Internacionais. White mostra um cartão amarelo às políticas monetárias ultra-expansionistas executadas pelos bancos centrais dos países desenvolvidos. (na Carta Capital)

Basileia, Centralbahnplatz 2
Analisando a composição orgânica do BCE, da Comissão Europeia e do FMI, ou seja, a Troika, essas agremiações das elites nacionais... elas são afinal e apenas um conjunto de técnicos financeiros que recolhem dados e os enviam ao EuroGrupo, onde os ministros das Finanças dos países do Euro decidem sobre que medidas de austeridade ou de “ajuda” devem endossar aos países membros, segundo os interesses do núcleo duro da “União” industrializada e desenvolvida. É um directório da União Europeia quem de forma absolutamente anti-democrática decide a formação do bloco político Europa.  
Directório do Eurogrupo que por sua vez reporta ao FMI. E as decisões deste dependem das instruções do Banco Central Mundial (BIS)

Os avisos do Banco de Compensações Internacionais (BIS) e do seu ex-economista-chefe, William White, não devem ser ouvidas de ânimo leve. No passado, as advertências de William White e depois oficialmente através do BIS, pensadas antes como imprevisiveis, vieram a verificar-se a seu tempo. Pudera, são eles quem detém os cordelinhos das decisões nos seus gabinetes de Basileia. Não devemos permitir que os meios de comunicação orientados para induzir no povo a esperança de uma “recuperação económica” marginalizando “a realidade económica” possam passar incólumes sa suas mensagens manipulada. Embora seja deprimente de reconhecê-lo, é muito melhor estar consciente do chão da nova ditadura que se está a pisar.
a parte visivel:  

quinta-feira, agosto 14, 2014

"Lauren Bacall" (1924-2014)

Pondo de lado assobios, cruzar de pernas e voyeurismos sobre a vida privada de estrelas hollywoodescas, “Como Conquistar um Milionário” (1953) será a mais significativa representação da actriz Laureen Bacall, aliás, Betty Joan Perske, filha única de um casal de emigrantes judeus, William Perske nascido n Bielorrússia, (um parente de Shimon Peres que foi o 9º presidente de Israel até Julho de 2014), e de Natalie Weinstein Bacal, que nasceu na Roménia de antepassados alemães.

O sonho americano de qualquer jovem é caçar uma vida de luxo, só possível pagando-a com grossas maquias de dinheiro. Mas, numa sociedade que despreza uma condição feminina digna há outras maneiras. A fita de Jean Negulesco inicia-se com um travelling sobre o desmesurado imobiliário de New York (ainda sem as Torres Gémeas, que se haveriam de converter no simbolo da falência do crédito sobre esse mesmo imobiliário) parando na recepção do condominio fechado de Sutton Place. Aí entra Bacall, uma das três modelos que vendem beleza (as outras duas são Marylin Monroe e Betty Grable) de posse de todos os recursos em dinheiro do grupo para alugar uma luxuosa penthouse em Manhattan como rampa de lançamento de um estratagema para atrair como vítimas homens ricos com chorudas contas no banco. Mas os planos de encontrar as milionárias minas de ouro desabam quando duas delas se apaixonam por homens que parecem ser pobres.
O script, original da comédia de Nunnally Johnson estreada em teatro na Broadway, prossegue com cada uma delas tentando impedir que as outras se casem com o homem errado. A mensagem perversa acaba por ser a do trio feminino descobrir que um homem rico realmente não presta para nada, a menos que ela esteja apaixonada por ele. Leva um certo tempo, mas cada uma acaba por concluir que o amor é mais importante do que bens materiais. Por acaso…
O filme capta a mentalidade de uma época em que as identidades das mulheres se baseiam nos homens com quem se casaram. Dá para rir, mas grande parte do humor aparece hoje datado, embora a sua visão sobre a política sexual ocasionalmente permaneça aguda.



quarta-feira, agosto 13, 2014

a "crise" fabricada em Portugal resulta do ataque ao Euro, uma moeda que foi criada para isso mesmo, para servir os propósitos dos investidores/especuladores financeiros globais

o Estado, pela mão do Banco de Portugal meteu 3,5 mil milhões de euros no BES para evitar a bancarrota quando o BCE lhe cortou a linha de crédito e se dividiu o lado bom e o lado mau da falência. Mas o Estado diz ao povo que não foi o Estado que meteu lá o dinheiro mas sim um "Fundo de Resolução" que não tem dinheiro nem sequer está legalmente em vigor; e o dinheiro que esste "Fundo" supostamente espera vir a ter seria dinheiro proveniente do conjunto de bancos nacionais que estão todos falidos. Agora o Estado vem dizer que o Novo-Banco-Bom já pagou os 3,5 mil milhões ao BCE. Como o BCE está impedido pelos seus estatutos de emprestar dinheiro ao Estado, só o podendo fazer aos bancos comerciais que por sua vez o emprestam com juros superiores ao Estado, de facto que aconteceu foi que o BCE reabriu um novo crédito de 3,5 mil milhões para o BES-Bom cuja responsabilidade tanto de gestor como de avalista do empréstimo pertence ao Estado. Simples não é?, mas não está pago... está transferido para mais dívida a pagar com mais juros...

Trata-se do mesmo método de endividamento de sempre, com nova roupagem. Então, o "banco bom" já pode falir? E o "banco mau" pode vir a dar lucro? os designios dos lacaios nacionais do Banco Central Europeu para já permanecem insondáveis... certo, certo é que neste entretanto em que se consolida a Ditadura Financeira, os "responsáveis" já puseram Portugal a arder com mais 3,5 mil milhões de Euros



Em 2012 já as três holdings de controlo do Grupo Espírito Santo, para um activo conjunto de 7,3946 mil milhões de euros, tinham acumulado um prejuízo global de 12,5 mil milhões de euros, ou seja, tinham acumulado prejuízos que engoliam quase duas vezes o activo conjunto das três holdings com sede em centros financeiros fora da jurisdição portuguesa.

Nesse ano o Grupo Espírito Santo já estava irremediavelmente falido, ainda que Ricardo Salgado, tenha conseguido iludir a insolvência, com a transformação contabilística de um prejuízo de 12,5 mil milhões de euros numa dívida de apenas 5,525 mil milhões de euros… Manobra de cuja autoria veio, conjuntamente com outras manobras, a acusar mais tarde o contabilista! - e nenhum dos supervisores deu conta do caso. Por incompetência, corrupção ou por ordem de quem supervisiona o supervisor? – entretanto a quadrilha de bandidos a retalho (os que roubam por grosso estão numa outra história) foi sacando dinheiro das muitas empresas do Grupo e foi-o colocando a bom recato nos offshores por esse mundo fora.

À data da declaração oficial da falência, a 30 de Julho de 2014, os depósitos do BES totalizavam, em números redondos, 37 mil milhões de euros, dinheiro que desapareceu no crash do BES em bolsa e nalguns bolsos privados. O banco faliu porque, sendo um banco comercial de retalho, utilizou, contra a lei expressa, os depósitos dos seus clientes para financiar, frequentemente sem conhecimento deles próprios, o endividamento das empresas do Grupo Espírito Santo, ao juro baixíssimo a que remuneravam os depósitos. No fundo, a quadrilha da família Espírito Santo transformou, assim, um banco comercial num banco de investimento nas dívidas das empresas do Grupo Espírito Santo.(dados coligidos do Luta Popular)

terça-feira, agosto 12, 2014

"Espiritos Santo: uma Quadrilha de Bandidos à Solta" (II)

“Enquanto o BES estrebuchava, a defunta administração ainda teve tempo de transferir três mil milhões de euros para o BES-Angola (BESA), também em iminência de falência, verba colossal que foi para ali transferida por Ricardo Salgado, na esperança de sacar ao presidente de Angola José Eduardo dos Santos o prometido mas nunca concretizado empréstimo de 5,9 mil milhões de euros, verba que, após a falência do BES de Lisboa, serviu para Dos Santos comprar o BESA, por apenas 2,9 mil milhões de euros, pois o quadrilheiro Salgado já havia enviado para Luanda a quantia de três mil milhões de euros (5,9 mm – 3 mm = 2,9 mm). A família de José Eduardo dos Santos é agora maioritária no capital do BES Angola. No negócio entre ladrões, o mais esperto é o que a final leva a melhor: e aqui, no caso do BES Angola, o ladrão mais esperto foi o angolano, que comprou, por 2,9 mil milhões de euros, um banco que tinha acabado de ver reforçado o seu capital com mais três mil milhões…(Luta Popular).

Entretanto, a somar à emissão de 1,4 mil milhões de euros em novas acções do moribundo BES autorizada pelo regulador Carlos Tavares, da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, cujo valor social se volatilizou em dois dias... e depois do Banco Central Europeu ter fechado a torneira da liquidez e ainda antes da decisão do resgate com dinheiro do Estado, o Banco de Portugal emprestou 3.500 milhões ao BES... precisamente o mesmo valor que o BES havia declarado de prejuizo no exercicio anterior.... (fonte)

“Banco Espirito Santo, a história Angolana”, segunda parte do artigo publicado na Revista Forbes
O Banco Nacional de Angola (BNA), na sua qualidade de Banco Central funciona como emissor de moeda (irrelevante e condicionada pelos créditos e obrigações internacionais), pode optar por levar mais tempo para tomar medidas sobre o BESA. Mas o resultado deve realmente ser o mesmo que o que se passa no BES em Portugal. Os bons empréstimos vão formar o núcleo do banco reestruturado; os maus acabarão por ser liquidados e vendidos. Se o o dinheiro dos contribuintes tiver de recapitalizar o banco, que acontecerá aos accionistas existentes? O ideal seria que os investimentos dos actuais accionistas fossem completamente destruídos, deixando ao sector público a injecção de novos capitais como um prelúdio para vender o banco de volta para o sector privado. Mas não é assim que funciona em Angola. É improvável que alguém vá permitir que os accionistas angolanos existentes possam ser apagados – das mais variadas formas, eles são o "sector público".

Angola é um Estado de partido único da linha a imitar o comunismo herdado do capitalismo de Estado da ex-URSS - o Estado é dono de tudo, ou melhor -, na verdade – são os indivíduos dominantes no aparelho de Estado quem zela pelo nepotismo do aparelho de Estado . Então, praticamente tudo em Angola é de propriedade directa ou indirectamente da camarilha presidencial - a família dos Santos, o vice-presidente Manuel Vicente, o chefe do serviço de informações militar o general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior (que dá pelo apelido de Kopelipa) e o general Leopoldino Fragoso do Nascimento, mais conhecido como Dino – o BESA não é excepção a este regime. Este gráfico indica a extensão e complexidade dos interesses comerciais de Isabel dos Santos (de www cabinda.net.):
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Outros colunistas da Forbes têm feito investigação considerável sobre os interesses das empresas de Isabel dos Santos, por isso não é necessário entrar em mais detalhes aqui. Basta dizer que ela possui participações directas ou indirectas em muitos dos bancos de Angola e importantes e controversas ligações com a indústria de diamantes de Angola. Tem também vários outros investimentos angolanos, incluindo uma participação na empresa petrolífera estatal Sonangol - a empresa que adquiriu a Escom da holding do BES-Rioforte em 2011, mas que nunca foi totalmente paga: o montante não pago está na contabilidade do BES (agora no "banco ruim"), contabilizado como prejuizo do famoso crédito de 4,2 mil milhões concedido pelo BESA mas cujo rasto se desconhece.  

o BES é uma pequena parte da rede
Isabel parece funcionar sózinha, mas na realidade funciona como uma fachada do pai. Os outros três caçam de forma associativa. Rafael Marques descreve-os como o "triunvirato" que rege a política angolana - e quem governa a política angolana, governa Angola. Citando Rafael Marques: “Sectores-chave, como o petróleo, telecomunicações, banca, comunicação social e diamantes fazem parte do império empresarial construído por números enormes. As empresas envolvidas incluem a Movicel, Biocom, Banco Espírito Santo Angola, Nazaki Oil & Gás, o Media Nova, World Wide Capital e a Lumanhe”. Os leitores norte-americanos podem também estar interessados em saber que através da Nazaki, todas as três participações detidas pela empresa de exploração de petróleo “Cobalt Internacional Energy Inc.” actualmente enfrentam acções de execução judicial por parte do regulador (SEC) por práticas de corrupção nas suas operações angolanas.

Como é que a camarilha Presidencial chegou a proprietária do BESA? Bem, não é exactamente claro. Em Dezembro de 2009, o BES vendeu uma participação de 24% no BESA à “Portmill Investimentos e Telecomunicações de Angola” - a Portmill foi originalmente de propriedade do triunvirato, mas em Junho de 2009, eles tinham vendido as suas participações ao tenente-coronel Leonardo Lidinikeni, director da equipe de segurança do presidente e um subordinado directo de Kopelipa. Como Lidinikeni arranjou o dinheiro para fazer esta jogada é uma questão de conjectura...

... sendo certo que foi Ricardo Espirito Santo Salgado quem intermediou a transação: Rafael Marques sugere que o BESA pode ter-lhe concedido um empréstimo, seja directamente a ele ou ao triunvirato. Se assim foi, então a sua propriedade é fraudulenta. Mas, mesmo que a sua propriedade tenha sido legitimamente financiada por outras fontes, é difícil acreditar que o triunvirato não reteve o controle efectivo, provavelmente por obrigações de dívida não reveladas. A propriedade nominal pode estar em nome de Lidinikeni, mas a posse desse activo beneficia certamente o triunvirato. Mais de 19% do BESA é de propriedade do Grupo Geni, onde alegadamente a filha do presidente Isabel dos Santos é proprietária de uma parte. Ela nega possuir acções na Geni, mas isso não significa necessariamente que ela não detenha o seu controlo: Isabel dos Santos é conhecida por usar os seus familiares e colaboradores mais próximos para disfarçar o seu envolvimento pessoal em algumas de suas empresas. Novamente, foi o BES quem lhe concedeu o capital para o jogo, embora isso remonte a meados de 2004. Assim, 43% do BESA podem ser de propriedade ou controlados pela camarilha presidencial. Acabar com a participação de um Banco Português no BESA é uma coisa. Mas acabar com as participações da camarilha presidencial é outra coisa completamente diferente”. Os interesses da camarilha presidencial em BESA provavelmente serão protegidos. E os seus empréstimos também. Será que alguém realmente acha que aos "conselheiros" nomeados para promover a auditoria ao BESA será permitido rasgar a rede incestuosa dos empréstimos políticos e investimentos que unem não só o sistema bancário angolano, mas todos as suas grandes indústrias? Dificilmente. Os créditos concedidos vão sobreviver, assim como os bens adquiridos pelos seus proprietários. Será o povo angolano, por mais chocantemente pobre que seja, quem vai pagar os prejuizos.

foi vc que falou em ministros, governo e oposição?
Mas há ainda uma característica interessante para este conto. De acordo com Rafael Marques, a venda de parte da participação do BES à Portmill em 2011 foi feita ilegalmente, mesmo pelos padrões angolanos. Desde então, o banco tem de facto sido usado para a lavagem de dinheiro roubado ao Estado angolano pelo seu exército de corruptos. Ricardo Salgado está agora sob investigação pela polícia portuguesa por suspeita de lavagem de dinheiro e evasão fiscal centrada na gestora de recursos suíça Akoya, de que o ex-administrador do BES-Angola, Álvaro Sobrinho, é membro do conselho administrativo. Sobrinho, quando ainda administrador do BESA, foi alvo de uma investigação de lavagem de dinheiro inconclusiva em 2011. A terminar, a revista Forbes, que mede o património dos ricos a nivel mundial, é optimista: “que tal investigação não seja susceptível de ocorrer no lado angolano é claro, mas talvez algumas personalidades nesta teia de mentiras e corrupção possam eventualmente ser levadas à justiça”.