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segunda-feira, agosto 04, 2014

banco tóxico morto, banco às costas do contribuinte posto

"o Fundo de Resolução, criado em 2012 por imposição da Troika mas que só começou a ser financiado no ano passado, tem como missão "financiar a aplicação de medidas de resolução destinadas a salvaguardar a confiança dos depositantes e acautelar o risco sistémico". No final do ano passado, este instrumento apenas dispunha de 182,2 milhões de euros de recursos próprios, financiados pelas contribuições das instituições financeiras e pelas receitas do imposto extraordinário sobre o sector bancário cobrado pelo Estado. Este valor correspondia a 0,14% dos depósitos garantidos (...) A legislação europeia sobre a resolução bancária, em transposição para Portugal, prevê que este tipo de mecanismos disponha de recursos próprios de valor equivalente a 1% do montante total dos depósitos cobertos pelo sistema de garantia de depósitos. No entanto, estipula que este objectivo é para alcançar no prazo de dez anos." (O Observador)

Explicado por outras palavras:
1. o papagaio Marcelo e o anão Marques Mendes vieram publicamente dizer, um que o Estado não vai estar envolvido, que é o Fundo de Resolução que vai resolver o problema, outro veio reconhecer que para salvar o BES são necessários entre 4 a 5 mil milhões de euros. Mas o Fundo a que dizem ir recorrer, nem os 400 milhões segundo o Marcelo tem, só tem pouco mais de 180 milhões.
2- Como não dispõe do dinheiro o Fundo através dos bancos participantes terá de pedi-lo emprestado à Troika.
3. Empréstimos que terão o aval do Estado - mais: o Regime Legal deste Fundo prevê que as Instituições que o formam possam ficar isentas das Contribuições Especiais para este Fundo por razões de más condições Financeiras.
4. Valores que terão de ser pagos com juros após a previsivel venda do BES por um valor irrisório
5. quem lucra: o Novo BES, os participantes do Fundo e a Troika
6. quem perde? quem será em última instância responsável pelos novos empréstimos: o Estado = os Contribuintes.
as Mentiras do Regime:
1. “A medida de resolução agora decidida pelo Banco de Portugal, e em contraste com outras soluções que foram adoptadas no passado, não terá qualquer custo para o erário público e nem para os contribuintes” (Sol)
2. (...) "agora, o Estado vai emprestar a um Fundo que não tem recursos próprios, entrega o controlo da coisa aos outros bancos e não tem uma palavra a dizer sobre a condução e estratégia das operações financeiras. É dar o ouro ao concorrente do bandido"
 3. "a 17 de Julho de 2014, a Ministra das Finanças garantia, no Parlamento, que "não há nenhuma razão para pensarmos que haverá intervenção do Estado e não é, de todo, adequado especular sobre esse tema [...] Não estamos a preparar nada, nem temos qualquer indicação que isso possa ser necessário"
4. Se o Estado somos nós, estamos bem defendidos!: "o Novo Banco vai pagar 2,95% de juros pelos 4400 Milhões, enquanto o Estado está a pagar 3,4% pelo dinheiro de que se está a servir (do empréstimo da Troika) para injectar capital"

1 comentário:

Anónimo disse...

Resta-nos uma esperança ténue e pouco edificatória, mas se calhar a única, que quem perdeu tudo com esta gente, se passe e faça justiça, limpando algum peçonhento, como o caso do Champalimaud filho.

Ao zangarem-se as cuomadres pode ser que haja limpeza.

Resta também ver quem vai usufruir da venda do banco novo... Pq isto não foi só incompetência e azar internacional, não isto de certeza que tem um guião e vai servir alguém que quere um cantinho do nosso País, alguém quer avançar nomes?