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sábado, agosto 16, 2014

a realidade é uma coisa imaginada, não existe;

Lisboa e o mundo verão a breve trecho que a urbanização capitalista não é Santa, muito menos Justa; de facto o panorama já hoje está degradado em relação aos luxuosos cenários do 1% dos ricos; mas a maioria das pessoas recusa-se a ver onde, como e com quanto vivem, em relação com o que poderiam dispor... se não fossem roubados

O continente europeu converteu-se numa espécie de papado do fundamentalismo económico. As dificuldades são reais: houve um forte aumento da dívida dos Estados, após o socorro maciço concedido aos bancos, entre 2008 e 2009. Mas as soluções estão condicionadas pela ideologia, por isso não enfrentam os problemas. Os governos temem agir contra os mecanismos que permitem, a muito poucos (os que sugam rendas através da instituição Estado), multiplicar continuamente sua riqueza, nos mercados financeiros. Os arregimentaddos decisores insistem nesta postura mesmo quando ela os impede de reativar a economia destruida por sete anos de crise – encomendando obras públicas supérfluas, de fachada e a crédito, gerando ocupações e rendimentos para os amigos, por exemplo. Hoje em dia, na generalidade o actual investimento é contra os direitos sociais e os serviços públicos.

o que é isto?
Esta atitude foi levada a um ponto extremo, próximo ao colapso. É como se o maquinista de um velho comboio a vapor passasse a arrancar as paredes de madeira dos vagões, para alimentar a caldeira obsoleta e voraz da locomotiva. Os "mercados financeiros" (i/e os 300 milhões de accionistas da especulação global) sabem que os Estados são incapazes de continuar a sustentá-los. Mas os investidores são movidos por uma lógica que os leva a pedir mais, quando identificam as dificuldades do devedor. Num certo momento, a tensão entre estas duas percepções contraditórias explode, trava os mercados, provoca falências em dominó. Como, desprezando o valor Trabalho, todas as relações económicas estão entrelaçadas com os circuitos financeiros, o caos daí  resultante paraliza a produção de bens não lucrativos, inviabiliza empresas, destrói empregos em massa. É neste abismo que a Europa se afunda cada vez mais perigosamente...  (Setembro de 2011)

6 comentários:

Diogo disse...

Agora já é tarde. Amanhã explico toda a ingenuidade que está expressa neste post…

Parece impossível, Xatoo!

xatoo disse...

cuidado com os insultos senão já sabes onde vai parar a prosa;

Anti-ZOG disse...

Xatoo, até acredito na tua boa vontade.
Acredito que tenhas sentido de justiça e bons ideais.
Venho ver o teu blog regularmente, porque daqui aproveito o anti-sionismo e o anti-capitalismo

Mas és cego de um olho.

Ou seja vês o mundo desfocado. Apesar das boas intenções, acredito.

A solução jamais passas pela velha e cega luta de classes. Jamais. E mais grave ainda "internacional".

Essa cegueira só faz com as pessoas se distraiam e dispersem por várias ideologias e a maioria vindas das mesmas fontes.

Achas que os trabalhadores são "um só". Trabalhadores europeus são iguais a trabalhadores islâmicos e asiáticos? Hummm, deixa-me cá ver....

Quando há mais ingleses a ingressar no ISIS(califado islâmico da síria/Iraque etc) do que no exército inglês está tudo dito sobre o vosso internacionalismo.

E mais, quando cada vez mais o homem está a ser substituído pela máquina, e uma grande parte do chamado "trabalho" não é desempenhada por "trabalhadores" onde fica então a luta internacional dos trabalhadores?

És cego de um olho.

Eu sou apologista da luta pela valorização do trabalho, defesa do trabalho, seja ele físico, intelectual, misto, seja ele desempenhado por trabalhadores por conta de outrem, por trabalhadores do estado, por pequenos e médios empresários, trabalhadores por conta própria etc.

Valorizar o trabalho, criar riqueza e distribuição justa da riqueza. Justa mas não igualitária. O igualitarismo é injustiça. Combater o desemprego até ser residual ou nulo.

E por fim, desprezar todo o tipo de internacionalismo e lutar até á morte contra todo e qualquer tentativa de usurpação da independência nacional através de meios financeiros globalistas ou militares.

Hoje estamos sob ocupação por um regime anti-nacional a mando da banca internacional.

O Globalismo é o cancro, seja ele capitalista ou marxista, pois os mentores são os mesmos.
Bahh já vais chutar para canto e dizer que não e tal e não sei quê, que são paranóias da conspiração.

Se tentares negar isto ou és ingénuo ou estás a tentar enganar parolos com este blog.

Anónimo disse...

Epá, 11/10(11/9) lá se foi o meu certificado de lunático, :).

Anti-ZOG, concordo com a tua opinião excepto na parte que valorizas o trabalho executado por humanos ao invés de máquinas. Explica-me qual a razão de o Ser Humano tendo os meios (maquinaria) para se libertar do trabalho (escravo) repetitivo e não qualificado, não os utilizar? Claro está, que a maquinaria teria que ser utilizada para beneficiar a Humanidade como um todo ao invés de uma elite capitalista, que escraviza povos inteiros com a mesma tecnologia. Logo o problema não é a evolução tecnológica mas sim o Sistema. Vou deixar a parte utópica para outra vez...

Anónimo disse...

Não respondas anti-ZOG, ler a estas horas da noite é no que dá. Agora que reli o teu comentário deixei de ler a parte que és contra a maquinaria(evolução tecnológica). Ler com os olhos arremelados é no dá, sorry ;)

xatoo disse...

Antes do mais, aconselho vivamente a leitura de Marx sobre o processo de produção do capital, acumulação de lucros e a utilização da maquinaria na grande indústria, enfim sobre a luta de classes, as decisões sobre tecnologia do patronato que condiciona e escraviza os operários:

"a autovalorização do capital através da máquina está na razão directa com o número de operários, cujas condições de existência ela aniquila. Todo o sistema da produção capitalista assenta no facto de o operário vender a sua força de trabalho como mercadoria. A divisão do trabalho unilateraliza esta força de trabalho [reduzindo-a] à destreza totalmente particularizada de manejar uma ferramenta parcelar. Logo que o manejo da ferramenta passa a ser feito pela máquina extingue-se, com o valor de uso, o valor de troca da força de trabalho. O operário toma-se invendável, como uma nota posta fora de circulação. A parte da classe operária que a maquinaria transforma em população supérflua (...)"

http://www.marxists.org/portugues/marx/1867/capital/livro1/cap13/05.htm