Quando se convoca da necessidade de comemorar o Dia da Mulher, invoca-se sobretudo a ideia de Libertação da Mulher, mas de tão gasta que anda a palavra liberdade, quando se diz "a Mulher" cada um que o faz quer dizer muita coisa, até há quem pelo meio queira meter
gajas,
feministas ou
actrizes porno nisto. Em primeiro lugar convoca-se o dia da Mulher Trabalhadora, quer dizer,
a libertação da Mulher não é outra coisa que a libertação da Sociedade. Em segundo lugar, o exemplo de mulheres excepcionais pelas piores ou melhores causas, como as operárias têxteis cujos
patrões judeus as queimaram vivas dentro da fábrica bem no centro de Nova Iorque, as
mulheres do Iraque ocupado; ou os milhares de
mulheres que em 1979 marcharam pelas ruas de Teerão contribuindo para a queda da monarquia e impondo de seguida a
obrigação dos revolucionários respeitarem as suas tradições; ou por último as primeiras: as mulheres que lutam pela eterna causa da libertação da
Palestina, como
ainda hoje mesmo aqui ou
aqui
a primeira celebração do Dia da Mulher, foi feita por proposta da marxista alemã Clara Zetkin na Conferência Internacional da Mulher Socialista na Dinamarca em 1910. Calcula-se que tenham participado no evento cerca de 1 milhão de pessoas. Anos depois, a data fixar-se-ia no dia 8 de
Março - em 1917 uma manifestação de grevistas em Petrogrado (hoje São Petersburgo),
na sua grande maioria mulheres (porque os homens estavam na guerra), foi reprimida pelo Czar causando 1.500 mortos. Foi este o rastilho da Revolução de Fevereiro. Em 1921,
por decreto de Lenine a data é instituida na Rússia soviética como o "Dia Internacional das Mulheres".
(ver restante cronologia)
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