"Dêem-me uma Televisão e eu farei um Presidente" dizia Emidio Rangel. Provavelmente alguma coisa fez, ao assumir o canal do Bilderberg Pinto Balsemão. Por alguma razão que nos escapa o gestor do tempo de antena tem uma pensão de reforma no valor de 27 mil euros, desde os 57 anos.
No dia em que vai ao Parlamento a nova lei que define regras de debates nas televisões, o caderno "Inimigo Público" canibaliza a palavra de ordem do MRPP/PCTP - Não Pagamos - para fazer ironia com o "manifesto da reestruturação da dívida". Reestruturar não é Não Pagar, ao contrário, é pagar mais, por mais tempo e com mais juros. Dir-se-á que o folheto é satírico, mas... a intenção de induzir em erro divertindo os leitores, senão aldrabando-os mesmo, fazer desaparecer de cena a única alternativa credível à insustentabilidade da dívida, é uma artimanha bastante séria. A nova lei propõe a regulação de dois períodos: pré-campanha e campanha eleitoral. Durante o período pré-eleitoral, os canais podem realizar debates apenas com os candidatos com assento parlamentar, já no período da campanha terão de o fazer com todos. Ora, como a programação das TVs é livre, na primeira situação o MRPP fica excluido. Na segunda situação as Tvs pura e simplesmente podem negar-se a fazer quaisquer debates - o MRPP é alvo de Censura.
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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sexta-feira, março 14, 2014
Devemos recusar Pagar, mas se essa proposta não aparece nas televisões não existe. É censurada!
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