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terça-feira, agosto 19, 2014

ai Portugal, Portugal, do que é que estás à espera?

1. Tornou-se claro que os programas politicos de Bloco Central são de traição à comunidade nacional que dizem "representar", uma vez que esses programas por quatro décadas visaram entregar a economia nacional aos interesses das multinacionais estrangeiras (da banca e monopólios industriais globais) a produção de bens e serviços que antes eram prestados por portugueses.

2. O sistema de concessão de crédito que depende dos capitalistas, sem o qual não há "desenvolvimento" capitalista, esteve alguma vez na mão de portugueses? Não. A liberalização que abriu as portas do país ao exterior aconteceu quando o relutante Salazar concordou em aceitar os milhões do Plano Marshall no ano de 1953, com oito anos de atraso em relação à Europa. Com esse dinheiro Salazar criou o Banco de Fomento gerindo planos quinquenais que promoveram a industrialização e modernização da economia portuguesa. Antes disso nem sequer capitalismo havia em Portugal.

3. Em 1948 Salazar é convidado por Washington a integrar a integrar a lógica da Guerra Fria definida pelo Pentágono, que envolve a cedência da Base da Lajes nos Açores e a adesão à Organização do Atlântico Norte (NATO) em 1949. A cooptação das Forças Armadas para o novo regime internacional no pós-guerra precede o desenvolvimento do tecido produtivo português. E coloca mais um dos três polos do poder sob dependência externa, o Militar (o outro era o da Igreja cumprindo os desígnios do Vaticano). O poder politico entra na rota da dependência como protectorado.

4. Embora à primeira vista pareça não existir qualquer relação entre as duas ocorrências, esta é também a época da instauração do Estado de Israel (1947/8). Num primeiro momento Israel e o sistema de organização cooperativa nos “kibutzs” em prol do desenvolvimento de uma zona inóspita aparece como sendo progressista, mas com uma lógica de militarização na educação ao estilo da “juventude hitleriana “ (como aliás a nossa “Mocidade Portuguesa) e o Trabalho transformado em heroísmo na produção à semelhança dos sovietes russos.

5. Resultante da adesão ao paradigma ocidental na década seguinte (anos 60) Portugal conheceu um boom económico com a criação de emprego, implementação exponencial da classe média e respectivo aumento do consumo interno. Tal evolução ocorre sob a égide da burguesia e do patronato, mas tem um efeito colateral importante: o reforço do proletariado e de uma Classe Operária propensa à auto-organização nos termos do sindicalismo clássico.

6. Obviamente, pela porta por onde entrou esse investimento externo entrou também a cobiça. Portugal era um país pobre, socialmente atrasado, sem recursos naturais. Mas possuia uma riqueza incomensuravel: as Colónias no chamado Ultramar. E os mesmos capitalistas que trazem o dinheiro, pela ordem intrinseca da evolução do sistema são os imperialistas que trazem igualmente a guerra.

7. Num primeiro momento a Guerra Colonial foi um polo de crescimento, devido à produção nacional de material, armas e equipamento para as Forças Armadas. Que obriga à importação de mais meios tecnológicos estrangeiros. Mas num segundo momento os agentes económicos imperialistas, tanto norte-americanos como do entretanto degenerado regime soviético, transferiram os seus investimentos para os Movimentos de Libertação. Portugal fica isolado, “orgulhosamente só” como foi então alcunhado pelos salazaristas.

8. Em 1967 Israel ataca e ocupa militarmente vastos territórios pertencentes ao Mundo Árabe na Palestina, Jordânia, Egipto e Síria. Apoiado pelos Estados Unidos e pela maioria dos países europeus, perante a passividade da URSS, o regime Sionista consolida a sua posição no Médio Oriente.

9. As trombetas do imperialismo norte-americano por todo o lado ecoam liberdade, enquanto se afundam por toda a parte em guerras e numa vergonhosa agressão contra civis no Vietname, justificando-se com a luta contra a expansão do comunismo na Ásia e no mundo. Nos Estados Unidos cresce um importante movimento social pela paz, fortemente apoiado pelas classes médias e operária. Em 1972, incapaz de suster a contestação interna, o presidente Nixon inicia uma colaboração com o regime comunista da República Popular da China que no futuro se haveria de tornar muito proveitosa para a globalização do capitalismo. Tal mudança de estratégia logra livrar os empresários da inconveniência das lutas e greves operárias, deslocalizando a luta de classes para locais longínquos, dos quais quatro décadas depois ainda não regressaram a um meio propositadamente desindustrializado.

10. Economicamente exaustos, os Estados Unidos recusam o pagamento em ouro de dívidas à França republicana do nacionalista De Gaule. Na sequência, a administração Nixon desvincula o dólar em relação às reservas de ouro que garantem o valor das moedas no mercado cambial. A decisão de abandonar o sistema monetário internacional baseado no padrão-ouro, que trouxe o dólar ao estatuto de moeda de reserva mundial, põe fim ao acordo de Bretton Woods que havia sido validado no pós-guerra (1946). Este é o momento inicial do paradigma neoliberal, implementado pelo chamado Consenso de Washington.

11. A agressão e a impunidade de Israel na Guerra dos 6 Dias e nos anos seguintes provoca o boicote ao fornecimento de petróleo à Europa. O chamado “choque petrolífero” de 1973 conjugado em Portugal com a impossibilidade económica de sustentar três frentes de guerra nas Colónias apenas com a ajuda do regime racista da África do Sul, vai deteriorando a ditadura salazarista entretanto mascarada de liberal.

12. Semanas antes do Golpe-de-Estado-dos-Capitães-de-Abril em Portugal o secretário de Estados dos Estados Unidos Henry Kissinger faz escala na Alemanha a caminho de Moscovo (1). A reunião com os alemães trata de “reforçar a cooperação” exigindo que seja a Alemanha a pagar as despesas dos 220 mil soldados norte-americanos que permanecem como força de ocupação para “evitar novas situações de conflito na Europa”. Doravante uma espécie de agente comercial do imperialismo norte-americano para a Europa, a Alemanha Ocidental, como potência derrotada na Grande Guerra, tinha assinado como termo de rendição a agora conhecida como “Acta do Chanceler” a 21 de Maio de 1949, a qual obriga igualmente a pagar pesadas indemnizações ao Estado Judeu de Israel em nome da mitologia das “vítimas do holocausto” (2). A colonização cultural da Europa segue a par (3)

13.  Henry Kissinger permanece ainda, passados 60 anos, como o guru do Grupo Bilderberg, uma associação de notáveis globalistas que mexe os cordelinhos da definição dos programas governamentais de subjugação dos povos impondo uma nova ordem mundial a favor da propriedade privada

14. Formalizada no final dos anos 50, a “União Europeia” (uma mesa de negociação permanente inter-potências capitalistas (4) é uma criação do lobi sionista anglo-norte-americano, da extrema direita europeia e do colonialismo cultural religioso do Estado do Vaticano. Num contexto construído à revelia das populações nacionais, tanto a NATO como a ONU não são organizações independentes, não existem para proteger as pessoas ou países, mas sim para criar guerras e controlar os países e as suas riquezas, tendo como objectivo a expansão do imperialismo. É nessa linha que os EUA impõem actualmente pela força o Tratado Transatlântico que irá aprisionar o que resta do modelo do Estado Social na Europa.

15. o Banco Central Europeu (BCE) foi fundado em 1998. A "moeda única foi criada à semelhança do Marco alemão e em seu beneficio, no praça financeira alemã de Frankfurt. Pelos seus estatutos o BCE está impedido de emprestar dinheiro aos Estados, apenas podendo conceder crédito aos bancos comerciais a juros baixos, que por sua vez o emprestam aos Estados europeus com juros altos. Ao contrário, tanto a entidade emissora de dólares (a Reserva Federal controlada por bancos privados) como o Banco de Inglaterra (no conjunto a banca Sionista) podem emitir livremente a quantidade de moeda que necessitam e financiar directamente o Estado para que este cumpra as tarefas que muito bem entenderem, mormente pagar custos de guerras. Portugal aderiu ao Euro em 2001. A nossa história recente é a história da crise permanente. As consequências e as cifras negras da ditadura de fachada democrática no Portugal dos últimos 40 anos são conhecidas: uma lista impressionante 
 
(1) Henry Kissinger, há 60 anos a mexer os cordelinhos que impôem a nova ordem mundial dos ricos (ler mais)
(2) a Alemanha ocupada desde a derrota na 2ª Grande Guerra, é inteiramente dependente e deve vassalagem politico- económica ao lobie judeu dos Estados Unidos. (ler mais)
(3) o pró-Sionismo alemão relaciona Wagner com o Nazismo - e "para se saber quem governa, basta saber quem é que não se pode criticar (Voltaire) (ler mais)
(4) História da União Europeia (ler mais)

2 comentários:

Anónimo disse...


Um artigo altamente tóxico, porque usa a verdade para disseminar a mentira.
A velha táctica dos sionistas....

Verdades misturadas com caca não conduzem a lado nenhum....
Só legitima a caca que sai valorizada.


xatoo disse...

impecável! é um prazer contar aqui com um douto "Anónimo" que classifica factos históricos como Caca. E já agora, como mero aparte, diga lá do alto da sua formação académica sobre merda onde é que estão as mentiras para ficarmos esclarecidos