Segundo
António Vilarigues, que se dedica à piedosa tarefa de inventariar e encomendar a alma putrefacta do morto,
a Administração Bush produziu 935 afirmações falsas entre 11 de Setembro de 2001 e 19 de Março de 2003 - com a ampliação usualmente replicada pelo Público e outros pasquins da mesma laia, a cifra atingirá decerto muitos milhares (a mentira compulsiva é uma coisa inquantificável, como os prejuízos da economia de nariz crescido da Bolsa ofechórica:
uma coisa sem precedentes) – por exemplo, para o retrato parcial que o funcionário da empresa jornaleira da sonae José Manuel Rocha faz (pag. 40 da edição de hoje) “a economia norte americana perde 80 mil empregos em Março e acentua sinais de (vou deixá-los aqui, como eles fazem à gente) (…)
A deturpação funciona por omissão, o recado completo que haveria de ser correctamente dado é de que
o número de empregos perdidos neste primeiro trimestre de 2008 é, segundo o sitio Internet do Governo, quase três vezes mais alto: 232 mil, a acrescentar ao 1 milhão e 100 mil empregos perdidos em 2007. A taxa oficial de desemprego nos EUA situa-se nos
5,1%, mas entre os negros ronda os
9%, entre os hispânicos e latinos
6,2% e entre os jovens
16,6%, ou seja, cerca de
7 milhões e 800 mil americanos não têm trabalho nem qualquer espécie de rendimento. Não dá muito bem para entender o alinhamento politico dos “nossos” responsáveis com um sistema destes, mas, – (in)Felizmente quem nos poderia informar com mais umas “bojardas à la Bush” também está a braços com um “probleminha de falta de investidores” em informação viciada e aldrabona: a “
Atlântico Lies Review”; grande crise e pobres ratos, neste malvado mundo de leitores ausentes, onde já nem para o financiamento de cobaias transgénicas se investe.
RIP

* relacionado: "
Capitalismo de Pânico" por
Ignacio Ramonet:
"a crise que está contagiando o resto do mundo, como o próprio ex-presidente do FED Alan Greenspan reconhece, é a pior desde a 2ª guerra mundial.Duas cifras bastam para dar a ideia da gravidade da dor: em apenas 60 dias, as mil principais empresas multinacionais perderam 158 mil milhões de euros, ou seja, mais que o valor do PIB da República Checa ou da Colômbia. E o valor em Bolsa dessas mesmas mil empresas diminuiram em oito meses três biliões de dólares, ou seja, mais que a soma dos PIB,s anuais da Alemanha e Brasil juntos. (
para ler aqui)
Sem comentários:
Enviar um comentário